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As montadoras chinesas vêm conquistando espaço significativo no mercado automobilístico brasileiro, com projeções para atuação oficial de pelo menos 15 marcas até o final de 2025. A presença se dá tanto por importações diretas quanto por investimentos em fábricas locais, destacando-se a Great Wall Motors (GWM) e BYD, empresas que investem pesado em produção e tecnologia, reforçando a cooperação Brasil-China no setor automotivo. A estratégia chinesa contempla a oferta de veículos movidos a gasolina, híbridos e elétricos, contribuindo para a diversificação do parque automotivo nacional em consonância com a agenda ambiental discutida na COP-30.
No mercado brasileiro, os preços dos veículos chineses variam conforme a motorização, com forte componente dos impostos de importação que incidem sobre os modelos. Segundo a legislação vigente, veículos tradicionais a gasolina são tributados em 35%, híbridos em 30% e elétricos em 25%. O quadro abaixo detalha modelos e preços médios estimados em dólar e real, além do impacto percentual dos impostos no valor final do produto:
| Marca |
Modelo |
Tipo de motor |
Preço (USD) |
Preço (BRL) |
Imposto (BRL) |
Preço Final (BRL) |
Imposto % sobre preço original |
| BYD |
Dolphin Mini |
Elétrica |
21.000 |
119.700,00 |
29.925,00 |
149.625,00 |
25,0 |
| BYD |
King GL |
Elétrica |
31.500 |
179.550,00 |
44.887,50 |
224.437,50 |
25,0 |
| GWM |
Omoda |
Híbrido |
28.000 |
159.600,00 |
47.880,00 |
207.480,00 |
30,0 |
| Neta |
Potenza |
Elétrica |
25.000 |
142.500,00 |
35.625,00 |
178.125,00 |
25,0 |
| Zeekr |
X |
Elétrica |
42.000 |
239.400,00 |
59.850,00 |
299.250,00 |
25,0 |
| GAC |
Trumpchi |
Gasolina |
23.000 |
131.100,00 |
45.885,00 |
176.985,00 |
35,0 |
| Changan |
UNI-T |
Gasolina |
22.000 |
125.400,00 |
43.890,00 |
169.290,00 |
35,0 |
| FAW |
Besturn |
Gasolina |
20.000 |
114.000,00 |
39.900,00 |
153.900,00 |
35,0 |
Sites oficiais
Aqui estão os sites oficiais:
O governo brasileiro encara a expansão das montadoras chinesas como parte da estratégia nacional de inovação industrial e transição energética, alinhando-se ao compromisso com a redução de emissões na COP-30. O ministro Rui Costa destacou a importância da parceria estratégica: "A instalação da primeira fábrica chinesa no Hemisfério Sul reforça nossos laços econômicos e de cooperação, permitindo uma mobilidade mais sustentável e investimento em tecnologias de baixo carbono." O presidente Lula também reforçou a relevância da mobilidade elétrica, chegando à COP-30 em um SUV da BYD, sinalizando simbolicamente o novo momento da indústria automobilística no país.
Por outro lado, a alta carga tributária sobre veículos importados, especialmente os elétricos e híbridos, vem sendo tema de debate.
"Os impostos elevados afetam a competitividade e o acesso do consumidor a tecnologias limpas, mas incentivam a produção local, fundamental para o desenvolvimento sustentável," comentou um especialista econômico.
A indústria local ainda enfrenta desafios para expandir a produção nacional, contudo, investimentos bilionários reforçam expectativas de crescimento no médio prazo.
Assim, o Brasil se posiciona como um dos poucos mercados globais onde as montadoras chinesas ampliam sua atuação em veículos variados, de combustão, híbridos e elétricos, com efeitos políticos, econômicos e ambientais em sintonia com as discussões globais da COP-30.
(*) Com informações das fontes: Poder360, CNN Brasil, Neofeed, Quatro Rodas, governo federal, e Agazeta Motor.
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