Os preços da gasolina são um indicador econômico crucial na América do Sul e Central, refletindo políticas de subsídios, impostos e condições de mercado. Em setembro de 2025, os dados mostram variações significativas entre os países, influenciadas por fatores como produção de petróleo, regulamentações governamentais e flutuações internacionais do barril de óleo.
Segue a tabela com os preços médios por litro em reais brasileiros, convertidos a partir dos valores em dólares americanos, utilizando a taxa de câmbio de R$5,67 por USD:
País |
Preço (R$/litro) |
Região |
Venezuela |
0.06 |
América do Sul |
Bolívia |
3.06 |
América do Sul |
Equador |
4.37 |
América do Sul |
Paraguai |
4.59 |
América do Sul |
Argentina |
5.67 |
América do Sul |
Colômbia |
6.18 |
América do Sul |
Peru |
6.29 |
América do Sul |
Brasil
|
6.58
|
América do Sul
|
Chile |
7.31 |
América do Sul |
Uruguai |
11.17 |
América do Sul |
Guiana |
5.67 |
América do Sul |
Suriname |
6.80 |
América do Sul |
El Salvador |
5.27 |
América Central |
Honduras |
5.56 |
América Central |
Guatemala |
5.73 |
América Central |
Costa Rica |
7.43 |
América Central |
Nicarágua |
7.60 |
América Central |
México |
7.25 |
América Central |
Panamá |
5.67 |
América Central |
Belize |
9.87 |
América Central |
Esses valores destacam contrastes regionais, com a Venezuela mantendo o preço mais baixo devido a subsídios estatais, enquanto o Uruguai enfrenta o maior custo, impactado por elevados impostos. Países produtores de petróleo, como Venezuela e Equador, conseguem preços acessíveis por meio de políticas governamentais, enquanto nações importadoras lidam com custos mais altos.
A discussão sobre subsídios a combustíveis gera posições opostas. A favor, especialistas defendem que essas medidas protegem populações de baixa renda contra choques econômicos. "Reduzir subsídios isoladamente tem apoio de cerca de 30 por cento, mas chega a 95 por cento se os recursos forem realocados para benefícios sociais", afirmou um estudo sobre atitudes em 12 países. Por outro lado, críticos apontam impactos negativos. "Esses subsídios bloqueiam a transição para tecnologias limpas e aumentam pressões orçamentárias", declarou um relatório da UNDP sobre mobilidade na região.
No Brasil, o governo busca estabilizar os preços, com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sinalizando possíveis reduções em julho de 2025 para aliviar o consumidor. A Petrobras, sob a atual gestão, manteve os preços sem reajustes por períodos prolongados, como destacou o deputado Zeca Dirceu: "A Petrobras do Lula está sem reajustar os valores da gasolina há 134 dias e do diesel, há 162 dias". Contudo, senadores da oposição criticam a estratégia. O senador Flavio Bolsonaro afirmou: "O ódio e a mentira do PT custam caro", referindo-se a comparações com preços passados e nostalgia da gestão anterior. Parlamentares também debatem os impactos da reforma tributária, com previsões de aumentos em 2026 devido a ajustes no ICMS, conforme alertas de analistas.
Essas discussões refletem os desafios regionais de equilibrar acessibilidade do combustível e sustentabilidade fiscal, moldando as políticas energéticas futuras.
(*) Com informações das fontes: GlobalPetrolPrices.com, Trading Economics, Reuters, Valor International, UNDP, ScienceDirect, X posts de Zeca Dirceu e Flavio Bolsonaro, Click Petróleo e Gás.