Medida nacional reforça vigilância e limita operações de drones em áreas estratégicas após série de registros não autorizados próximos a instalações de defesa, destacando nova fase de políticas de proteção e monitoramento aéreo.
A Dinamarca adotou novas restrições para voos de drones em todo o território nacional a partir de repetidos flagrantes de dispositivos próximos a bases militares. O governo comunicou que a decisão tem como foco proteger áreas consideradas críticas para segurança e operações estratégicas, ampliando a limitação ao uso civil, comercial e recreativo de drones. Autoridades informaram que o crescimento na quantidade de episódios envolvendo drones não registrados motivou a revisão das normas nacionais, especialmente em zonas de interesse militar.
O Ministério da Defesa sustenta que os incidentes mostram a evolução global dos riscos envolvendo tecnologias de vigilância e coleta de informações por meio de dispositivos aéreos. Órgãos de inteligência reforçaram que parte das ocorrências pode estar vinculada ao monitoramento da infraestrutura nacional, em contexto internacional de tensões geopolíticas e pressões sobre a Otan. Durante investigações recentes, militares constataram a obtenção de imagens aéreas de equipamentos, deslocamentos e operações em instalações sensíveis do país, agravando alertas sobre segurança nacional.
A regulamentação implementada determina punição mais rigorosa para atividades não autorizadas, limita horários e trajetos permitidos para voos e reforça bloqueios em proximidade de bases, aeroportos, portos e outras áreas estratégicas. Empresas que operam drones para inspeções técnicas, levantamentos geográficos ou atividades logísticas também deverão cumprir novas exigências legais, segundo representantes do setor aéreo dinamarquês. Associações do ramo tecnológico apontaram possíveis impactos no segmento de inovação, que registra crescimento no país, mas o governo afirmou que a proteção de informações militares e infraestruturas é prioridade absoluta diante do aumento dos riscos tecnológicos.
A Dinamarca iniciou articulação com países vizinhos da União Europeia para padronizar regulações e criar ações conjuntas contra o uso indevido de drones. Consórcios de defesa participam do desenho de protocolos digitais para monitoramento e bloqueio de dispositivos, incluindo o desenvolvimento de sistemas eletrônicos para impedir incursões em zonas de alta sensibilidade. As forças armadas elevaram o patrulhamento em regiões com maior circulação de contingentes militares estrangeiros, conforme relatório oficial, priorizando a prevenção de novas ocorrências.
Entre as razões de fundo da decisão estão as preocupações políticas que envolvem os ativos de defesa diante das disputas no entorno do Mar Báltico e do Ártico. A Dinamarca, como parte ativa da Otan, busca fortalecer o controle sobre sistemas estratégicos e evitar vulnerabilidades frente a potenciais tentativas de interferência ou atentados híbridos de outros países. O debate sobre limites do uso de tecnologia no espaço aéreo europeu ganha nova dimensão, influenciando possíveis revisões em políticas de outros membros do bloco diante dos desafios contemporâneos à segurança.
O governo projeta evoluções constantes nas normas, acompanhando mudanças na natureza das ameaças e demandas do cenário internacional. O setor público e privado vai adaptar procedimentos à nova realidade, enquanto autoridades monitoram impactos da proibição e buscam equilíbrio entre inovação e proteção dos interesses estratégicos nacionais.
(*) Com informações das fontes: G1, Agencia Brasil, CNN Brasil, RTP, Infomoney, O Tempo e Euronews