"> Decisão do ministro Flávio Dino, STF, e perdas de R$ 40 bilhões abalam bancos e disparam o Dólar

 

Politica - 19/08/2025 - 18:17:26

 

Decisão do ministro Flávio Dino, STF, e perdas de R$ 40 bilhões abalam bancos e disparam o Dólar

 

Da Redação .

Foto(s): Divulgação / Gustavo Moreno/ STF

 

Essa medida impacta diretamente a aplicação das sanções da chamada Lei Magnitsky dos EUA, que atingem, entre outros, o ministro do STF Alexandre de Moraes e perda de mais de R$ 40 Bilhões bilhões dos bancos.

Essa medida impacta diretamente a aplicação das sanções da chamada Lei Magnitsky dos EUA, que atingem, entre outros, o ministro do STF Alexandre de Moraes e perda de mais de R$ 40 Bilhões bilhões dos bancos.

Na terça-feira, 19 de agosto de 2025, o Brasil viveu um dia marcante no cenário econômico e político que refletiu diretamente nos mercados financeiros. A decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), reafirmando que ordens judiciais estrangeiras não têm efeito no Brasil sem homologação nacional, colocou os bancos brasileiros em uma encruzilhada perigosa. Essa medida impacta diretamente a aplicação das sanções da chamada Lei Magnitsky dos Estados Unidos, que atingem, entre outros, o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Com essa decisão, as instituições financeiras enfrentam um dilema: obedecer à ordem do STF, o que pode levar a sanções nos EUA, ou cumprir as sanções americanas e contrariar a justiça brasileira, elevando riscos legais e reputacionais. Essa situação gerou uma forte reação negativa dos investidores, que previram insegurança jurídica e consequências graves para os bancos com operações internacionais.

O impacto nos mercados foi imediato e expressivo após o fechamento oficial. Os principais bancos brasileiros perderam cerca de R$ 40 bilhões em valor de mercado, conforme a cotação oficial da Bolsa de Valores de São Paulo (B3). O Banco do Brasil foi o mais afetado, com queda superior a 6%, seguido pelo Santander com perda próxima a 4,9%, além do Bradesco e Itaú com reduções recentes acima dos 3%. O setor bancário liderou a desvalorização, pressão essa que refletiu no índice Ibovespa, que fechou em queda de 2,10%, aos 134.432,26 pontos.

Paralelamente, o dólar comercial (compra) disparou ao longo do dia, fechando com valorização de 1,19%, atingindo a cotação de R$ 5,50 conforme a taxa PTAX de fechamento divulgada pelo Banco Central após as 16h e confirmada pela B3 às 17h. Esse movimento de elevação do dólar reforça a percepção de fuga para o câmbio como proteção diante da instabilidade e dos riscos financeiros brasileiros.

Tabela: Valores-chave do mercado em 19/08/2025

Indicador Valor Variação (%) Nota
Dólar Comercial (Compra) R$ 5,4710 +1,19% Cotação PTAX Banco Central
Ibovespa 134.432,26 pts -2,10% Fechamento B3
Banco do Brasil (ações BBSA3) -6,03%   Maior queda entre bancos
Santander (SANB11) -4,88%    
Bradesco (BBDC4) -3,43%    
Itaú (ITUB4) -3,05%    

A decisão de Flávio Dino é vista como uma tentativa de reafirmar a soberania jurídica do Brasil e impedir a execução automática de sanções internacionais no país sem avaliação da justiça nacional. O ministro do STF defendeu que fiscalizar e exigir legitimidade legal nos processos que envolvem instituições brasileiras serve para proteger o sistema financeiro nacional e os direitos dos cidadãos frente a medidas estrangeiras.

O STF, como instituição máxima do Poder Judiciário brasileiro, ainda precisa referendar essa decisão, pois ela foi proferida em caráter monocrático. O plenário da corte deve examinar o mérito dessa liminar para decidir o futuro dos efeitos legais dessa questão.

Especialistas em direito constitucional analisam que a decisão de Dino levanta um debate crucial sobre a autonomia do país frente a políticas internacionais, sobretudo numa conjuntura de tensões políticas entre Brasil e Estados Unidos. Para professores da área, a medida reforça princípios da soberania jurídica nacional e o devido processo legal, mas também gera desafios práticos para bancos que operam globalmente, diante de sanções exterritoriais.

Análise Final do Mercado em 19 de Agosto de 2025

O pregão de ontem foi marcado por um ambiente de alta volatilidade, incerteza política e preocupações institucionais. A combinação da decisão do STF com a reação do mercado financeiro expôs os mercados a cenas de aversão ao risco, com fuga para o dólar e vendas maciças de ações bancárias.

A tensão entre o Brasil e os Estados Unidos, acelerada pelos efeitos da Lei Magnitsky, produziu um cenário de dúvida sobre a continuidade das operações internacionais dos bancos e sobre o ambiente regulatório externo. Com a queda expressiva nas ações, estima-se que os bancos perderam R$ 40 bilhões em valor de mercado, sinalizando um castigo severo dos investidores.

Além do setor financeiro, o Ibovespa teve sua maior baixa recente, mostrando que o mercado ainda precisa absorver os efeitos dessa instabilidade. O dólar acima dos R$ 5,4710 reforça a pressão inflacionária e custo de importações, que podem refletir na política econômica local num horizonte próximo.

Perspectivas e Tendências para a Semana

As próximas sessões deverão ser marcadas por acentuada cautela. O mercado olha especialmente para o pronunciamento do plenário do STF sobre a questão, que definirá a validade da decisão de Flávio Dino.

Investidores e analistas monitoram possíveis desdobramentos de sanções, negociações políticas e ajustes na política econômica do governo para tentar reduzir riscos sistêmicos. A expectativa é que o cenário continue desafiador, com movimentos de contorno e buscados por segurança jurídica.

Além disso, a política monetária do Federal Reserve (Fed) e o cenário macroeconômico global também influenciam a cotação do dólar e o desempenho da Bolsa. Em tese, qualquer escalada das tensões internacionais pode amplificar a volatilidade local.

Em síntese, 19 de agosto de 2025 entra para a história como um dos dias em que política, direito e finanças se chocaram diretamente, gerando impactos significativos no mercado brasileiro, com reflexos que podem se estender para as próximas semanas.

* Com informações das fontes: R7, BBC, UOL, B3, CNN Brasil, Infoverus, Notícias Agrícolas, Valor Econômico.

Links
Vídeo