Nesta terça-feira (29), após o fechamento às 18h, o dólar comercial caiu 0,43%, vendida a R$ 5,5686, reavaliando oscilações recentes que chegaram a abaixo de R$ 5,56 e chegando à mínima de cerca de R$ 5,565 durante o dia. Essa leve queda reflete otimismo renovado sobre possíveis avanços nas negociações entre Brasil e Estados Unidos evitando a aplicação integral do “tarifaço”, previsto para 1º de agosto.
Ao mesmo tempo, o Ibovespa registrou alta de 0,45%, subindo aos 132.725,68 pontos, segundo dados da B3. Foi a primeira reação positiva em meio a uma sequência negativa, com destaque para ações como Embraer, que subiu quase 4%, além de Direcional (+3,10%) e Brava Energia (+2,74%).
O que moveu câmbio e bolsa nesta terça-feira
Os investidores locais respiraram com a queda do dólar, favorecida pela percepção de que o Brasil pode chegar a um entendimento parcial com os EUA sobre tarifas comerciais. Isso diminuiu a demanda por proteção cambial e impulsionou a confiança no mercado acionário.
No exterior, o índice do dólar (DXY) registrou modesta valorização, mas não suficiente para sustentar a alta local da moeda americana. Já o real ganhou fôlego frente ao euro e a outras moedas da América Latina.
Principais destaques do pregão
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Dólar à vista caiu 0,43%, cotado a R$ 5,5686 na venda, com mínima intradiária em torno de R$ 5,565.
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Ibovespa registrou alta de 0,45%, alcançando 132.725,68 pontos. Foi apoiado por setores como indústria, energia e imobiliário.
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Principais ganhos foram em Embraer (+3,76%), Direcional (+3,10%) e Brava Energia (+2,74%).
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As ações de varejo e telecom sofreram no dia: Magazine Luiza caiu 2,79%, Pão de Açúcar recuou 1,99%, e Raízen caiu 1,39%.
Panorama atual e perspectivas
O movimento de hoje sugere que o mercado está testando novos patamares de confiança, mesmo diante da ameaça de tarifas elevadas. Ao mesmo tempo, os investidores aguardam possíveis anúncios de medidas de apoio a exportadores, como prevista linha de crédito para empresas como Embraer.
Internamente, a moderação na inflação, com IPCA-15 em 5,3% no acumulado anual, sinaliza que o Banco Central pode manter a taxa Selic pelos próximos meses sem surpresas.
A atenção do mercado volta-se para os próximos dias em que os Estados Unidos podem confirmar ou suspender o aumento tarifário, e no Brasil será acompanhada com lupa a evolução das negociações diplomáticas e os resultados das grandes empresas brasileiras.
Fechamento de mercado – 29/07/2025 (após 18h)
Indicador |
Valor |
Dólar comercial |
R$ 5,5686 (–0,43%) |
Ibovespa |
132.725,68 pts (+0,45%) |
Volume na B3 |
~R$ 16,5 bilhões |
O dia evidenciou que o real pode se recuperar rapidamente quando ruídos externos diminuem. A bolsa mostrou que setores exportadores e de infraestrutura podem reagir com força, mesmo em meio a um cenário de tarifaço pendente. Cabe agora acompanhar se esse respiro é sustentável ou apenas uma pausa antes de novas turbulências.
* Com informações das fontes: Banco Central, Reuters (via Infomoney), Agência Brasil, Investing.com, BBC, MoneyTimes, CNN Brasil, FMI.
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