"> Atentado contra Daniel Noboa amplia tensão política no Equador

 

Internacional - 07/10/2025 - 21:01:19

 

Atentado contra Daniel Noboa amplia tensão política no Equador

 

Da Redação .

Foto(s): Divulgação / Flickr

 

Presidente equatoriano passa ileso após ataque a seu carro durante protesto, e episódio reacende debate internacional sobre segurança e instabilidade política na América Latina.

Presidente equatoriano passa ileso após ataque a seu carro durante protesto, e episódio reacende debate internacional sobre segurança e instabilidade política na América Latina.

O presidente do Equador, Daniel Noboa, foi alvo de um ataque enquanto trafegava em sua comitiva oficial na província de Cañar, região central do país. Um grupo estimado em quinhentas pessoas bloqueou a estrada e lançou pedras contra o veículo presidencial; marcas de tiros também foram identificadas, segundo relato da ministra de Energia, Inés Manzano. Noboa saiu ileso, e cinco pessoas foram presas após o incidente. O governo classificou o ataque como “tentativa de assassinato” e formalizou denúncia judicial, considerando o episódio como ato de terrorismo e tentativa de homicídio.

O cenário político equatoriano está marcado por greves e manifestações populares desde o anúncio do fim do subsídio ao diesel, medida que aumentou significativamente o custo do combustível e desencadeou protestos de movimentos indígenas e sociais. A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) alegou que houve violência policial e militar contra manifestantes, incluindo prisões de mulheres idosas e bloqueios rodoviários.

Em posicionamento público, a organização declarou: “Pelo menos cinco de nós foram detidos arbitrariamente”.

Daniel Noboa, reeleito em abril de 2025, adota postura política considerada de direita, com forte ênfase em políticas de segurança pública e militarização nos estados de exceção. Ele se distanciou recentemente dos círculos da esquerda latino-americana, rompendo laços diplomáticos com o México em situação simbólica. Noboa buscou aproximação com o governo norte-americano e sinalizou possibilidade de cooperação com empresas de segurança dos EUA para enfrentar o narcotráfico. Em declaração recente, o presidente equatoriano afirmou: “Tais ataques não serão aceitos no novo Equador, e a lei se aplica a todos”.

O governo dos Estados Unidos manifestou preocupação com o caso e reforçou apoio à estabilidade institucional do Equador, destacando a necessidade de combate ao crime organizado. Um porta-voz do Departamento de Estado declarou:

“Apoiamos o pleno funcionamento das instituições democráticas equatorianas e condenamos toda forma de violência política”.

Já o governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, repudiou o ataque contra Noboa e reiterou o apoio ao processo democrático:

“O Brasil lamenta o ocorrido e reitera sua confiança nas instituições equatorianas para garantir a ordem e a segurança”.

Especialistas divergem sobre os impactos do episódio para a estabilidade regional. Uma ala defende que o aumento da repressão agrava tensões políticas e sociais, enquanto outros consideram que a firmeza do governo em proteger o presidente representa avanço institucional diante da escalada do crime organizado.

O episódio insere-se em uma fase de instabilidade nacional e internacional, marcada por protestos de movimentos sociais, endurecimento das respostas do governo e repercussão diplomática. O caso de Noboa reflete os desafios enfrentados por países latino-americanos na luta contra o narcotráfico, a segurança pública e a polarização política.

(*) Com informações das fontes: G1, Infomoney, Revista Fórum, Poder360, CartaCapital, CNN Brasil, Agência DC News.

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