O dólar comercial encerrou o pregão desta quinta-feira, 24 de julho, cotado a R$ 5,520, registrando uma leve queda de 0,05% em relação ao dia anterior. A moeda americana oscilou entre a máxima de R$ 5,539 e a mínima de R$ 5,512 ao longo do dia, demonstrando um ambiente de maior atenção entre os investidores. Essa movimentação foi influenciada, em parte, pelo desenrolar das negociações comerciais globais e pelas expectativas em torno das políticas monetárias.
No cenário internacional, a manutenção das taxas de juros pelo Banco Central Europeu, embora já esperada, contribuiu para o ambiente de atenção. Contudo, a principal pressão sobre o dólar veio de especulações sobre um possível acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia. Embora notícias da Casa Branca tenham classificado a informação como especulação após o fechamento do mercado, a expectativa de tal acordo influenciou os primeiros movimentos do dia.
No mercado doméstico, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda, atingindo 133.736,98 pontos, com uma variação negativa de aproximadamente 1,21% em relação ao fechamento anterior (de 135.368,27 pontos). A sessão foi marcada por incertezas relacionadas a tarifas e à relação comercial entre Brasil e EUA.
Setores como o de tecnologia e empresas expostas à política comercial, como a WEG (WEGE3) e a Embraer (EMBR3), lideraram as perdas do dia, refletindo a tensão sobre a possibilidade de imposição de tarifas máximas por parte dos EUA ao Brasil. A Embraer, apesar do crescimento em sua carteira de pedidos no segundo trimestre, gerou cautela diante do risco de perda de contratos futuros. Por outro lado, algumas ações de bancos e petroleiras apresentaram desempenho mais resiliente.
Existe uma clara correlação entre os movimentos de hoje, onde a aversão a risco global, somada às tensões comerciais específicas do Brasil com os EUA, levou tanto a uma leve desvalorização do dólar quanto a uma queda mais acentuada da bolsa. Para o dia seguinte, a atenção do mercado seguirá voltada para o desenrolar das discussões sobre as tarifas dos EUA ao Brasil e possíveis sinalizações sobre a política monetária interna, aguardando quaisquer novidades que possam impactar o cenário de investimentos.
Resumo do Dia no Mercado Financeiro (24/07/2025)
Ativo |
Fechamento |
Variação Diária |
Máxima |
Mínima |
Principal Fator |
Dólar |
R$ 5,520 |
-0,05% |
R$ 5,539 |
R$ 5,512 |
Expectativa de acordo comercial EUA-UE (notícia desmentida pós-fechamento) |
Ibovespa |
133.736,98 pts |
-1,21% |
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Incertezas sobre tarifas EUA-Brasil* |
* Com informações das fontes: Agência Brasil; B3 (Brasil, Bolsa, Balcão); Banco Central do Brasil; Bloomberg Línea Brasil; Poder360 e TradeMap
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