O dólar comercial fechou o pregão de quarta-feira (23) em R$ 5,5239, com queda expressiva de 0,78%, marcando o menor patamar desde o dia 9 de julho um recuo que mostra o real recuperando força frente à valorização recente da moeda americana.
O Ibovespa registrou alta de 0,99%, encerrando o dia aos 135.368 pontos, impulsionado por ações de bancos, petroleiras e empresas de consumo. O índice voltou a superar a marca de 135 mil pontos pela primeira vez em mais de dez dias.
O que explica esse movimento
A queda do dólar e a alta da bolsa vêm acompanhando um melhor clima externo. Repercutiram muito positivamente a notícia de um acordo comercial entre Estados Unidos e Japão para reduzir tarifas, além de uma possível negociação semelhante entre EUA e União Europeia.
No Brasil, o recuo do dólar foi favorecido por entradas líquidas de investidores e exportadores, aproveitando a alta dos preços das commodities. Isso ajudou a tirar pressão cambial, além de influenciar o movimento do Ibovespa.
Mesmo com o receio de tarifas específicas contra o Brasil, o otimismo global sobre negociações comerciais foi predominante no mercado.
Destaques do pregão
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Dólar à vista: queda de 0,78%, cotado a R$ 5,5239; mínima no dia chegou a R$ 5,5155;
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Ibovespa: alta de 0,99%, aos 135.368 pontos, com volume de R$ 16,8 bilhões;
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Ações em destaque:
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Bancos e petrolíferas puxaram o índice para cima
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Raízen, Natura, CVC e MRV fecharam com valorização acima de 4%.
O que vem pela frente
O mercado agora aguarda a confirmação de acordos entre Estados Unidos e União Europeia. Caso se consolidem medidas que reduzam tarifas no comércio global, isso pode reforçar ainda mais a percepção de risco reduzido, beneficiando exportadores e ações brasileiras.
Os investidores também ficarão de olho em balanços de empresas, indicadores de inflação doméstica, além de movimentações pelo tarifaço americano sobre o Brasil, que ainda está em compasso de espera.
Fechamento de mercado – 23/07/2025 (após 18h)
Indicador |
Valor |
Dólar comercial |
R$ 5,5239 (−0,78%) |
Ibovespa |
135.368 pts (+0,99%) |
Volume B3 |
R$ 16,8 bilhões |
O movimento desta quarta-feira mostra que, apesar das incertezas com tarifas, o cenário global favorável às negociações ajudou o real e a bolsa, trazendo alívio ao mercado doméstico. O desempenho, em grande parte, reflete o reflexo positivo de acordos comerciais e do fluxo de recursos vindos de commodities, menos dependentes apenas do noticiário local.
* Com informações das fontes: Reuters, Infomoney, Agência Brasil, CNBC, MoneyTimes, B3 e Banco Central.
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