Para que oposição?

 

Opinião - 21/05/2004 - 10:23:35

 

Para que oposição?

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Oposição dispensável: A incrível capacidade de fazer as piores declarações nos piores momentos

Oposição dispensável: A incrível capacidade de fazer as piores declarações nos piores momentos

A oposição ao governo Lula não precisa se esforçar muito para desempenhar o seu papel. Primeiro, porque é o próprio governo, por conta de seus insucessos administrativos que tem fornecido uma poderosa munição aos seus adversários políticos; segundo, porque quando isso não ocorre - o que é raro - seus aliados se encarregam de desfechar uma artilharia pesada contra ele. Exatamente no momento em que o IBGE e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), depois de longo período sem boas notícias, anunciam resultados econômicos alentadores, eis que o ministro José Dirceu propõe um “pacto nacional” preventivo, a pretexto de preparação para turbulências que surgirão do setor externo. O Fouché do Planalto, com sua aguda e privilegiada antevisão das coisas internacionais, identifica graves problemas, já muito próximos de nós. Como a “ortodoxia” da política econômica vigente não tem condições de enfrentá-las, raciocina o ministro, então é o caso de tratar de se fazer um pacto nacional desde logo para o enfrentamento da hecatombe que se avizinha. O pessoal do governo Lula tem a incrível capacidade de fazer as piores declarações nos piores momentos. Esta última se deu numa festa em sua homenagem, programada por uma grã-fina paulista que há 20 anos promove festanças para os poderosos do dia. Justamente quando o governo poderia comemorar os números do IBGE e da CNI - aumento da produção industrial e das exportações, e melhora nos níveis de renda e de emprego - o apocalíptico José Dirceu prevê turbulências catastróficas para daqui a pouco. Ninguém desconhece que o quadro internacional é preocupante e todos têm razão para temê-lo, mas ninguém sabe quando essa crise virá e se virá. Qualquer investidor, de dentro ou de fora do País, diante do que disse o ministro não se sentirá seguro para arriscar qualquer investimento, que é do que mais precisamos nesta quadra delicada da economia brasileira. Mas, afora a descortesia com seu colega Antonio Palocci - a rigor, o único sustentáculo do atual governo - desqualificando o seu ótimo trabalho no ministério da Fazenda, o chefe da Casa Civil foi além e disse outras bobagens monumentais. Uma delas: “Se o presidente Juscelino fizesse contas não teria construído Brasília”. Ora, construir Brasília pode ter sido um erro, e dos mais desastrosos, e a mudança da Capital se deu em 1960 quando as condições do País e as internacionais não guardam a menor semelhança com as de hoje. Se Juscelino fizesse contas, talvez não tivesse construído Brasília, mas se os josés dirceus falassem menos bobagens, com certeza o governo Lula estaria melhor. E nós também.

Oposição dispensável: A incrível capacidade de fazer as piores declarações nos piores momentos

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