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O desafio de vencer distâncias e de desvendar os mistérios do País levaram o piloto Alexandre Viana a estender a viagem da Ford Ranger a mais de 27.610 quilômetros, praticamente o dobro da distância inicialmente planejada. Alexandre percorreu quase todo o Brasil, em programa comemorativo aos 45 anos de história das pick-ups Ford, que teve início em outubro de 1957. A viagem também serviu para comemorar os 15 anos do piloto no trabalho de estudos, de cunhos social e cultural e, principalmente, de avaliação de veículos em longas distâncias e por caminhos inóspitos. Como os que já realizou nos desertos africanos e também no do Atacama, no Peru, e em trilhas pela Cordilheira dos Andes ou pela floresta amazô-nica. Para Alexandre, a viagem transmitiu o sentimento de orgulho por participar de um capítulo da história da indústria automobilística brasileira que teve início muito antes de o piloto nascer.
A Ford Ranger atravessou 18 estados e percorreu estradas de terra e, muitas vezes, de asfalto com buracos. Justamente nesses trechos adversos, os atributos da Ford Ranger foram realçados, em virtude da força do motor Power Stroke 2.8L, da International Engines, auxiliado pelo turbocompressor de geometria variável desenvolvido pela Garrett, e o diferencial com sistema Trac-Lok de deslizamento limitado, projetado pela Dana. Esse conjunto, mais a robustez do veículo e a determinação de Alexandre, garantiram o êxito do empreendimento. Foram 53 dias de levantamentos e registros de todas as paisagens brasileiras, que serão apresentados em exposições em shopping centers de São Paulo e de outras cidades. A média diária da viagem foi de 471 quilômetros. Alexandre contou com o apoio do engenheiro Edy Monteiro, responsá-vel pela manutenção técnica do veículo e por todo o sistema de comunicação, principalmente o GPS (navegação por satélite) e telefonia de alcance mundial.
Deixando a capital paulista com seu trânsito complicado, a equipe surpreendeu-se com a cultura sulina, de jardins bem-cuidados e casas enfeitadas, e com o potencial da região Centro-Oeste. Passou por Goiás e Brasília e ingressou no Nordeste, cruzando o Vale do São Francisco, com sua agricultura desenvolvida; a Chapada do Araripe, a região da maconha e o histórico Raso da Catarina, palco do conflito de Canudos, território de Lampião e passagem da Coluna Prestes. De Pernambuco ao Ceará, a rudeza de áreas desérticas, até alcançar a reconfortante paisagem do litoral. Com desfile pela costa, com vista sempre deslumbrante e muitas atrações, a dupla atingiu o estado de Minas Gerais e, finalmente, o Rio de Janeiro.
A viagem também permitiu um levantamento geral dos diferentes tipos de costumes, dos sotaques característicos, da alimentação rica e de sabores variados, e da disponibilidade de hotéis, postos de abastecimento, serviços em geral. A única assistência técnica ocorreu num distribuidor Ford para a obrigatória revisão a cada 15.000 quilômetros prevista no manual do proprietário.
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