Explosão destrói depósito clandestino de fogos na zona leste de São Paulo
Da Redação .
Foto(s): Reprodução / GloboNews
Incidente no Tatuapé deixa um morto, feridos e dezenas de imóveis interditados, revelando falhas de fiscalização na maior cidade do país.
A explosão de um depósito de fogos de artifício na zona leste de São Paulo provocou uma grave crise na noite da última quinta-feira, com impactos diretos na segurança pública, urbanismo e fiscalização de atividades irregulares na capital paulista. O episódio ocorreu em uma residência na Rua Francisco Bueno, no bairro do Tatuapé, por volta das 19h45, e resultou na morte de um homem e pelo menos dez pessoas feridas, de acordo com informações do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. O imóvel, segundo apuração preliminar, servia de depósito irregular de materiais explosivos sem registro ou fiscalização adequada.
A magnitude da explosão assustou moradores da região, destruindo a casa completamente, danificando carros e rompendo vidros de edifícios próximos. Imagens de câmeras de segurança e relatos colhidos na vizinhança confirmam que o impacto pôde ser sentido em diversas ruas do entorno. A Defesa Civil municipal interditou ao menos 21 imóveis vizinhos para avaliação estrutural, abrigando famílias atingidas em moradias provisórias.
Entre as hipóteses já levantadas por equipes do Corpo de Bombeiros, há indícios de uso dos fogos estocados para balões, prática considerada ilegal. Também se apura se a queda de um balão pode ter desencadeado o acidente, mas as causas definitivas ainda dependem de vistorias periciais. O proprietário do depósito não foi localizado até o momento, e a Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o episódio pelos crimes de explosão irregular, lesão corporal e infração ambiental.
No início da madrugada de sexta-feira, o cenário era de destruição e medo, com pequenos focos remanescentes de incêndio sendo monitorados. Equipes da Guarda Civil Metropolitana e da Defesa Civil seguiam mobilizadas para garantir a segurança dos moradores enquanto prossegue o trabalho pericial nas estruturas danificadas. Além dos danos humanos, dezenas de carros e o posto de combustíveis próximos tiveram prejuízos relevantes.
Segundo relatos de vizinhos, o imóvel havia sido alugado há cerca de três meses e ninguém desconfiava do uso para armazenagem de explosivos. Havia movimentação frequente de caixas, porém a atividade permaneceu oculta até a explosão. Moradores reforçam o pedido por maior fiscalização de atividades clandestinas, sobretudo em áreas residenciais, para evitar tragédias semelhantes no futuro.
A ocorrência expôs falhas do poder público na fiscalização de produtos explosivos, levantando o debate sobre as políticas de controle urbano, o risco ambiental e a necessidade de revisão nos mecanismos de inspeção das autoridades municipais e estaduais. O caso segue sob investigação, e as famílias afetadas aguardam a liberação do perímetro interditado enquanto a cidade avalia consequências estruturais e sociais desse tipo de armazenamento irregular.
(*) Com informações das fontes: G1, Record, CNN Brasil, R7, O Tempo, Jovemvem Pan News.