O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), confirmou nesta segunda-feira que será candidato à Presidência da República nas eleições de outubro. Ele garante que a decisão não será revista nem mesmo se o Supremo Tribunal Federal (STF) mantiver a regra da verticalização, que obriga os partidos reproduzirem nos Estados e municípios as mesmas alianças da disputa federal."Nós temos um projeto para o País e vamos lançar candidato com ou sem verticalização. Essa é a decisão do partido", explica Freire. "Nas últimas eleições, só não lançamos candidato uma vez, em 1994, quando apoiamos o Lula", acrescenta.
Segundo Freire, o PPS vai buscar apoio do PV e PDT. Com o Psol, porém, a aliança é improvável, pois, nas palavras do deputado, "o Psol tem uma concepção de esquerda anterior à queda do muro de Berlim".
Freire também descarta o convite feito pelo senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB no Senado, para que o PPS participe de uma chapa anti-Lula encabeçada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. "Isso seria do interesse dele para ampliar a base contra o presidente Lula, mas eu não posso pedir que o PSDB indique um vice para mim", ironizou.
O parlamentar socialista já concorreu à Presidência da República, em 1989, e terminou em oitavo. Desde 2003, ele cumpre seu quinto mandato na Câmara dos Deputados. Freire também foi senador entre 1995 e 2003. De acordo com uma pesquisa de intenções de voto do instituto Datafolha divulgada neste domingo pela "Folha de S. Paulo", Freire estaria, hoje, em quinto na preferência do eleitorado, atrás de Lula, Alckmin, Anthony Garotinho (PMDB-RJ) e Heloísa Helena (Psol-AL).
Nesta segunda-feira, Roberto Freire recebeu a medalha Pedro Ernesto, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, por iniciativa do vereador Stepan Nercessian (PPS).
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