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O jovem de 20 anos acusado de ter assassinado o prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel deve ficar apenas 10 preso, depois de ser recapturado na noite de terça-feira, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Ele deve retornar à Fundação Estadual Para o Bem-Estar do Menor (Febem) ainda nesta quarta-feira, mas, provavelmente, deverá sair em 4 de fevereiro, quando completará 21 anos - idade limite para ser um dos internos. Na época do crime, ocorrido em 18 de janeiro de 2002, o acusado tinha 16 anos e por isso, ao ser preso, em maio daquele ano, foi encaminhado para a unidade da Febem do Tatuapé, onde cumpriu os três anos de internato, estabelecidos como tempo máximo na punição aos menores infratores.
Depois disso, ganhou a condição de semi-liberdade, em que os adolescentes podem trabalhar e estudar fora, mas são obrigados a voltar a noite para dormir em uma das unidades da instituição. Ao passar por essa etapa, ele aproveitava uma bolsa de estudo para fazer educação física, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. No entanto, as aulas foram interrompidas, em junho, do ano passado, quando sumiu.
De acordo com informações dadas pelo delegado Erasmo Pedroso, em entrevista à imprensa, o detido contou que resolveu não voltar à instituição por medo. "Ele se sentiu pressionado, achou que corria perigo de vida e resolveu não retornar à Febem. Ele não explica por que, diz que é por todos os acontecimentos, repercussão da CPI, das mortes que já ocorreram", relatou Pedroso.
Em seu depoimento ainda, acrescentou o delegado, o rapaz negou ter recebido ameaça, mas disse que apesar disso tinha receio de morrer; também voltou a confessar ter sido o autor dos sete disparos e disse que o crime não teria ocorrido por motivos políticos e que "não presenciou tortura".
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