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Na luta pela liderança entre os serviços de namoro pela Internet, uma empresa está ganhando de gigantes online com uma técnica à moda antiga: anúncios no rádio e na TV.
Nos Estados Unidos é possível ouvir o fundador do eHarmony, Dr. Neil Clark Warren, pregando que seu serviço é a solução das pessoas que querem se casar, mas ainda não encontraram suas almas gêmeas. “Não é fácil. Você tem que responder um questionário de 436 itens antes de poder pagar (para usar o serviço)”, disse o presidente-executivo do eHarmony, Greg Forgatch.
O site afirmou já ter rejeitado quase 10% dos membros potenciais. Os rejeitados incluem pessoas separadas ou que foram casadas quatro ou mais vezes, além de quem, segundo os testes, estiver deprimido ou mentindo. Devido a uma pesquisa do eHarmony, que apontou que o casamento de pessoas jovens tem menos chance de dar certo, você está sem sorte se tiver menos que 21 anos.
Na campanha publicitária do eHarmony, o criador da empresa e conselheiro amoroso apresenta casais que se conheceram com ajuda do seu “teste de compatibilidade”, que contém perguntas sobre todos os assuntos, de religião à padrões de comportamento. Esta campanha custou para a empresa mais de US$ 10 milhões no ano passado e é apenas um exemplo de como o eHarmony está sozinho nesta indústria, onde seus concorrentes preferem manter o negócio casual e pouco custoso. Enquanto nos populares serviços de busca de encontros, como do Yahoo e o Match.com, da InterActiveCorp, os usuários podem apenas preencher um perfil simples e fazer buscas nas informações divulgadas por outros participantes, o eHarmony apenas permite que os internautas visualizem os dados dos indivíduos compatíveis com eles, o que é decidido por uma tecnologia patenteada pela empresa.
O site de encontros foi fundado há quatro anos e possui 4 milhões de membros e 3 mil casamentos confirmados. Ele conta com uma estrutura muito mais complexa que outros sites similares, inclusive um estágio pré-encontro onde os futuros pombinhos trocam respostas de questionários de múltipla escolha. Para integrar o “clube”, o usuário tem que pagar US$ 100 por três meses ou cerca de US$ 250 anualmente. O preço é cerca de 2,5 vezes mais caro que os outros serviços do tipo. “Trata-se de abster-se do controle em prol de um poder maior. Você perde a liberdade de escolha em troca de uma pesquisa mais focada ... É como ser apresentado a alguém por seus pais”, disse Evam Marc Katz, autor de um livro sobre como paquerar online.
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