Uma nova greve dos coletores de lixo poderá ocorrer, a partir de 6 de maio, em São Bernardo do Campo.
Esta seria a segunda paralização desde que o prefeito Orlando Morando assumiu a prefeitura no início de janeiro.
Tudo teve início quando foi realizado o levantamento de pagamentos realizados pela prefeitura pela PPP (Parceria Público Privada) ao Consórcio SBC Valorização de Resíduos Sólidos Revita e Lara. De acordo com o executivo municipal os valores pagos não tiveram contrapartida na execução das obras da usina de reciclagem, entre outros fatores.
Os repasses mensais de R$ 12,5 milhões à terceirizada foram suspensos e o governo municipal afirma que o consórcio já recebeu R$ 727,8 milhões dos cofres públicos entretanto, a empresa alega que a gestão de Luiz Marinho, PT, já deixara passivo de R$ 68,5 milhões quando deixou a prefeitura em dezembro do ano passado.
O fato chegou a gerar a criação de uma CPI na Câmara Municipal.
O Consórcio entrou com processo contra a prefeitura que teve uma primeira derrota com julgamento a favor de que os pagamentos fossem realizados.
A SBC Valorização de Resíduos Sólidos acusa a Prefeitura de São Bernardo de descumprir a determinação do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) de depositar R$ 55 milhões referentes aos débitos empenhados em atrasado deixados pela gestão do antecessor Luiz Marinho, PT, além de efetuar o pagamento dos repasses em atraso desta nova gestão. De acordo com o Consórcio, o valor em atrsados já é de cerca de R$ 92 milhões.
A prefeitura afirma que foi notificada da decisão judicial no último dia 24, recorrendo da decisão do último dia 7 de abril. O recurso implcou na imediata suspensão da decisão. No recurso a prefeitura informou que constatou diversas irregularidades “tanto na contratação quanto na execução do contrato relativo a SBC Valorização de Resíduos”.
O Consórcio comunicou ao Siemaco ABC, sindicato da categoria, que não terá condições de efetuar o depósito dos salários de cerca de mil trabalhadores no próximo dia 5 de maio por conta da suspensão nos repasses por parte da prefeitura da cidade.
Na noite de ontem, o Siemaco ABC reuniu-se com cerca de 300 trabalhadores do período noturno que aprovaram o estado de greve. Na manhã desta sexta-feira, 28, apesar da greve anunciada dos meios de transporte, o Siemaco ABC, tentará reunir-se com os trabalhadores diurnos para discutir e aprovar a nova greve.
O presidente do Siemaco ABC, Roberto Alves, disse que se o pagamento não for realizado no dia 5 de maio aos trabalhadores, no dia 6 a greve será deflagrada.