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Depois de perder todos os seus jogos na segunda fase, a seleção masculina de basquete do Brasil ficou de fora das Olimpíadas pela segunda vez seguida. As chances da equipe acabaram definitivamente com a derrota por 102 a 92 para o México na quinta-feira.
Com a derrota, o Brasil não conseguiu se classificar para as semifinais, que irão definir os três países que irão aos Jogos Olímpicos.
Pela primeira vez o país ficará fora de duas Olimpíadas consecutivas -- o Brasil não conseguiu classificação para os Jogos de Munique, em 1976, e para os de Sydney, em 2000.
"Não pode ser apático, não temos o direito de ter apatia vestindo a camisa do Brasil", disse o técnico Lula Ferreira após a derrota para os mexicanos.
"No global o trabalho foi realizado de maneira correta, o Brasil lutou pela vaga olímpica passo a passo com seus adversários. Claro que muita coisa ainda precisa ser feita, mas foi feito um bom trabalho, independente dessa má impressão". disse Lula, que assumiu a equipe no final do ano passado com o objetivo de promover o retorno do Brasil ao cenário olímpico e de promover uma renovação.
O Brasil chegou a Porto Rico com o reforço de dois jogadores que atuam na NBA, Nenê e Leandrinho, mas perdeu para EUA (na primeira fase), Argentina, Canadá, os anfitriões e agora para o México. Só conseguiu vitórias ainda na primeira fase contra Venezuela e República Dominicana, além de Ilhas Virgens, que não avançou.
A seleção brasileira ainda teria chances se vencesse o México e a República Dominicana derrotasse a Argentina na partida seguinte.
APATIA
Ainda abalado pela derrota para Porto Rico na quarta-feira, o que praticamente enterrou as chances do Brasil, a seleção começou o jogo desconcentrada, e a primeira cesta só saiu quando faltavam 7min52 para o final do quarto, com Marcelinho.
O Brasil começou a melhorar na marcação, e Nenê se destacou tanto defensiva quanto ofensivamente, principalmente nos contra-ataques -- ele foi o cestinha do jogo com 26 pontos e ainda pegou 14 rebotes.
Apesar disso, a equipe ainda se mostrava precipitada nos arremessos -- Marcelinho acertou apenas um arremesso da linha de três em 11 tentativas no jogo todo --, e os mexicanos terminaram o primeiro quarto na frente com 25 x 20.
O ritmo não mudou no segundo período e, apesar da boa atuação dos pivôs Tiago Splitter e de Nenê, o Brasil só conseguiu passar à frente nos últimos minutos, quando apertou a marcação. Entretanto, o México aproveitou uma falha na defesa brasileira para terminar o primeiro tempo na frente, com 46 a 45.
A seleção brasileira perdeu toda a concentração no terceiro quarto, e deixou que os mexicanos abrissem uma vantagem de 13 pontos. Apático em quadra, o Brasil teve muitos altos e baixos e o México fechou o período na frente com 77 a 66.
Apesar de marcar pressão durante boa parte do último período, o Brasil não conseguiu mais se encontrar em quadra e o México garantiu a vitória por 102 a 92. Antes mesmo do apito final, os brasileiros já cumprimentavam os adversários.
"Depois da derrota de ontem (para Porto Rico) nem todos conseguiram superar e ter a cabeça no lugar. O jogo estava equilibrado, mas erramos muito", avaliou Nenê.
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