Miopia Fiscal

 

Opinião - 24/07/2015 - 12:16:21

 

Miopia Fiscal

 

Vicente Barone * .

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação, esteve à frente de diversas campanhas eleitorais, foi executivo de marketing em empresas multinacionais, palestrante nacional e internacional para temas de marketing e professor na área para 3º e 4º graus

Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação, esteve à frente de diversas campanhas eleitorais, foi executivo de marketing em empresas multinacionais, palestrante nacional e internacional para temas de marketing e professor na área para 3º e 4º graus

A situação em que o país se encontra é, no mínimo, assustadora.

O caminho adotado pela equipe econômica do governo Dilma está atendendo aos interesses de poucos. Ao aumentar impostos e cortar investimentos ao invés de despesas, promove o aumento dos custos e redução a capacidade de retorno futuro.

Cortar os investimentos em educação não é reduzir custos e, somente na visão de um “banqueiro”, poderia ser uma economia. Fica a pergunta: Por que não cortar despesas com o grande número de cargos comissionados e no número de ministérios? Isso seria uma verdadeira economia.

Em administração o conhecimento na “Curva ABC” é fundamental para reduzir e administrar as despesas e os custos, mas o ministro parece não conhecer esse método.

Economias que saíram de grandes crises como o Japão, a Coréia e a Alemanha investiram pesadamente em educação e tecnologia e, no Brasil, o investimento recai em puro assistencialismo ou manutenção de cargos aos partidos políticos de sustentação.

Caso houvessem menos desvios de verbas, menos cargos “indicados”, menos ministérios e um redirecionamento dos gastos em obras e serviços que geram riquezas, a saída da crise seria mais adequada e suportável.

Como estamos hoje, os preços sobem por uma inflação de CUSTEIO e não de DEMANDA, como querem fazer acreditar os membros da equipe econômica do governo Dilma. Ora, se os custos sobem pelo repasse das despesas que aumentam por iniciativa do governo, o consumo cai e, consequentemente, o desemprego cresce.

É uma verdadeira Roda Viva que só irá parar no momento em que o governo reduza seus gastos a fundo perdido e passe a colocar os tributos pagos em investimentos que possam gerar retorno. Mas o problema está no prazo. Qualquer investimento realizado a partir de agora só irá gerar retorno depois de 4 ou 5 anos. Assim deveremos suportar a crise por muito tempo ainda.

O governo de Dilma continua com gastos gigantescos e o rombo continua cada vez maior e, dessa forma, ajustar as contas será mais difícil e, como temos um banqueiro à frente da economia, seremos cada vez mais sugados com impostos, taxas e qualquer outro meio que encontrem para tentar cobrir o rombo que ficou com a pífia administração protecionista e míope dos últimos 13 anos.

Resta esperar para ver até quando irá prosperar essa administração, pois em recente pesquisa da CNT/MDA, quase 70% da população aponta para o desejo da saída da atual ocupante do Palácio do Alvorada.

* Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação, esteve à frente de diversas campanhas eleitorais, foi executivo de marketing em empresas multinacionais, palestrante nacional e internacional para temas de marketing e professor na área para 3º e 4º graus

 



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