Agora não tem mais jeito. Depois de adiar o retorno do alto Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a taxação volta ao normal a partir de amanhã, dia 1º de janeiro de 2015. Com isso, os carros brasileiros ficarão ainda mais caros – uma proeza e tanto.
Depois de tentar aquecer a economia nacional com a redução desse imposto desde maio de 2012, o Governo Federal, conforme o prometido, foi aumentando o IPI e, a partir de amanhã, o imposto dos veículos voltará às alíquotas “normais”. Confira:
| IPI |
Até 31/12/2014 |
A partir de 01/01/2015 |
| Motor até 1.0 |
3% |
7% |
| Motor entre 1.0 e 2.0 flex |
9% |
11% |
| Motor entre 1.0 e 2.0 gasolina |
10% |
13% |
| Motor acima de 2.0 flex |
18% |
18% |
| Motor acima de 2.0 gasolina |
25% |
25% |
| Utiliutário |
3% |
4% e 8% |
Mas quanto isso vai pesar no bolso do consumidor? Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a estimativa é que o preço de um carro com motor 1.0 (ou menor) suba cerca de 4,5%. Por exemplo: um Fiat Uno Vivace 1.0, que tem preço sugerido de R$ 26.760, deve custar R$ 27.964. Um Renault Sandero Authentique 1.0 deve sair de R$ 32.150 para R$ 33.597.
Infelizmente, a Anfavea considera “bastante bom” os preços dos carros no Brasil. O valor do aumento em 2015 vai depender mesmo das montadoras. Espero que elas tenham bom senso e subam nada ou o mínimo possível. Alguns carro vendido por aqui já tiveram reajuste anunciado, como o Chevrolet Onix, que agora parte de salgados R$ 39.190 na versão LS 1.0.
Se você estiver pensando em comprar um carro no início de 2015, saiba que as concessionárias terão estoques de vários carros com preços com o IPI mais baixo. Isso deverá ser o chamariz das revendas no primeiro trimestre do ano, especialmente em janeiro e fevereiro. Logo, pesquise os valores e tente conseguir alguns benefícios adicionais, como IPVA 2015 pago, sensor de estacionamento e outros itens de que interessam.
Para fechar, mesmo com os preços mais altos em 2015, a Anfavea acredita que o mercado automotivo no Brasil voltará a crescer se comparado a 2014. Vamos esperar para ver.
