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Da Redação com agências
Nada foi capaz de impedir que famílias carentes, na região do Grande ABC, invadissem, com lonas e madeiras, pedaços vazios de terra em São Bernardo.
Em 1989, cerca de mil pessoas invadiram o Buraco do Gazuza e, tomaram uma área de cerca de 32 mil m2, no Riacho Grande, a Vila Lulaldo - junção do nome de Lula (o presidente Luiz Inácio Lula da Silva) e Aldo dos Santos, vereador que estava à frente do movimento.
No último sábado, 19, um novo acampamento dos MTST foi montado desta vez no terreno da Volkswagen na Avenida Doutor José Fornari, Ferrazópolis, em São Bernardo.
A coordenação do movimento batizou, no domingo, o acampamento com o nome de Santos Dias (metalúrgico morto pela polícia numa greve na capital em 1979, e tornado símbolo do movimento operário, à época tendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à frente do movimento).
Em assembléia realizada no terreno, a invasão ganhou o apoio formal de representantes políticos, do PT e do PC do B, e comunitários da região, inclusive da comissão de fábrica dos trabalhadores da Volks, que se manifestaram em discursos para os sem-teto.
De acordo com representante da Comissão de Fábrica presente ao local, Melão Monteiro, conhecido por sua posição de extrema esquerda, a terra deve ser compartilhada por pessoas que vivem em áreas de risco e disse que seria montada uma comissão para conversar com o vice-presidente do comitê internacional dos trabalhadores da Volks, Wagner Santana além de se comprometer a trazer alimentos para os invasores.
Aldo dos Santos, vereador do PT, Wagner Lino, ex-deputado do PT, além de lideranças do PC do B também estiveram manifestando seu apoio aos invasores.
O vereador Aldo Santos definiu o acampamento como legítima defesa considerando que existe um déficit de mais de 50 mil moradias na cidade.“Por isso, a bancada do PT na Câmara Municipal vai discutir, mesmo no recesso parlamentar, como apoiar o movimento”, diz o vereador Aldo dos Santos, que também tem seu nome ligado à outra ocupação. Ainda, segundo Aldo, tanto o governo Municipal, quanto o Federal, o Estadual e a Volks, deveriam abrir um espaço de negociações com os invasores.
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