Membro efetivo da Comissão de Transportes e Comunicações, o deputado estadual convocou representantes de todas operadoras de telefonia móvel com autorização para atuar em São Paulo para dar explicações sobre a prestação de serviço no Estado. E, nesta terça-feira (26/11), foi a vez de ouvir os esclarecimentos do diretor de redes da Vivo, Leonardo de Carvalho Capdeville.
Morando questionou duramente o representante da Vivo sobre às falhas nos sinais em determinadas regiões, a falta de sinal em diversas cidades e rodovias, a lentidão da internet móvel, sobre os investimentos em melhorias e expansão de atendimento, o problema do atendimento no call center que não funciona e desrespeita os usuários e, ainda, fez um questionamento técnico sobre os cortes na ligação. Outro assunto muito cobrado pelo deputado Orlando Morando foi sobre a falha de sinal no Trecho Sul do Rodoanel.
Segundo o diretor da Vivo, a falta de antenas prejudica o funcionamento da telefonia móvel. Ele alegou um congestionamento devido ao número de usuários da tecnologia 3G e justificou que as operadoras não podem instalar novas antenas para melhoria do sinal e da rede de transmissão de dados devido a legislação municipal. Capdeville afirmou, ainda, que o Rodoanel possui antenas suficientes, mas que a falha se deve a atos de vandalismo no local.
O deputado não ficou satisfeito com os esclarecimentos. “Diariamente uso esse trecho do Rodoanel e acompanho de perto esse caso desde o início da implantação da rodovia e não é verdade que está em funcionamento. Mesmo com a instalação das antenas o sinal tem muita falha. A não disponibilidade do serviço ao usuário de celular vem provocando insegurança, desconforto, ausência de monitoramento por empresas de rastreamento, além do que se seu veículo vier a sofrer alguma pane, não há condições por ausência do sinal de celular, você acionar sua operadora de seguros ou serviços de guincho”, explicou o deputado, que vai aguardar o prazo de 10 dias prometido pela empresa para dar todos os detalhes dos questionamentos.
Quanto ao congestionamento e a legislação, Morando também rebateu afirmando que a empresa deveria estar preparada para o crescimento de usuários e para atender na tecnologia 3G. “Eles mal conseguem atender o 3G e já estão falando da tecnologia 4G. Além disso, a legislação não é um empecilho em todas as cidades. Em São Bernardo, por exemplo, temos bairros com ausência de sinal e a cidade não tem lei que proíbe”.
“Entretanto, vamos continuar lutando e exigindo bom atendimento, pois entendo que um serviço que é pago, ou seja, ninguém está fazendo favor a ninguém e, o mínimo que se deve ao consumidor é respeito, coisa que não temos hoje”, finalizou Orlando Morando.
Segundo o Procon, o setor de telecomunicações foi líder no número de reclamações no primeiro semestre de 2013. Depois da Nextel e da Vivo, os grupos Claro, Oi e a TIM Brasil devem ser convocados nas próximas semanas para também prestarem conta de suas atuações.
