O que vale mesmo é a soma!

 

Opinião - 09/07/2003 - 17:05:41

 

O que vale mesmo é a soma!

 

Vicente Barone .

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O problema da questão tributária no Brasil não é o tamanho desta ou daquela alíquota. Mas a soma gigantesca delas

O problema da questão tributária no Brasil não é o tamanho desta ou daquela alíquota. Mas a soma gigantesca delas

Em debate com empresários do Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE), o secretário da Fazenda da prefeita Marta Suplicy, João Sayad, minimizou as críticas ao “tarifaço” promovido pela cidade de São Paulo com o aumento de algumas taxas municipais. Disse, por exemplo, que um aumento de R$ 6,00 (lixo) ou R$ 3,50 (conta de luz), não tem expressão macroeconômica e que são inexpressivas. (Sayad fez uma “blague”: os aumentos são um “lixo”). De fato, olhando-se apenas os números apontados por Sayad, as taxas não parecem assustadoras, individualmente. O problema da questão tributária no Brasil, entretanto, não é o tamanho específico desta ou daquela alíquota ou taxa, mas a soma desses “lixos” todos. O que está sufocando a empresa e corroendo empregos são os 37% do PIB, que o Estado surrupia todo ano da economia produtiva nacional: o conjunto dos impostos. Se seguirmos o raciocínio do secretário Sayad, bastaria então inventar uma miríade de pequenas taxas de R$ 6,00 e R$ 3,50 de alíquotas diminutas para ficar tudo bem. O que não pode é taxa ou alíquota elevada. E de grão em grão, porém, que se vai esvaziando o bolso brasileiro - muitas vezes sem que ele sinta, pois a picada é quase imperceptível. Mas quando vem a soma haja fôlego. As prefeituras dizem que estão sem dinheiro para trabalhar, como também garantem os Estados Unidos e a União. Mas e o cidadão? Este, sim, é que está pagando demais. Está na hora de os governos olharem para o outro lado e melhorarem a qualidade de seus gastos. ”Ninguém é contra esta ou aquela taxa. A sociedade é contra novos aumentos de carga tributária. Se doravante os entes públicos quiserem dividir o pagamento deste ou daquele serviço para torná-lo mais eqüitativo e justo devem também reduzir os tributos que arrecadam (...). Se a divisão do bolo arrecadado não é correta, ela tem de ser discutida, sem que o contribuinte seja chamado para pagar a conta” - definiu bem o empresário Percival Maricato, do PNBE. O fisco brasileiro aprendeu com os antigos chineses que diziam ser o mar imenso porque não rejeitavam os menores riachos.

O problema da questão tributária no Brasil não é o tamanho desta ou daquela alíquota. Mas a soma gigantesca delas

O problema da questão tributária no Brasil não é o tamanho desta ou daquela alíquota. Mas a soma gigantesca delas

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