Barbosa condena ex-ministro Adauto e 2 ex-deputados por lavagem

 

Politica - 11/10/2012 - 18:37:52

 

Barbosa condena ex-ministro Adauto e 2 ex-deputados por lavagem

 

Da Redação com agências

Foto(s): Nelson Jr / STF / Divulgação

 

Joaquim Barbosa votou pela condenação do ex-ministro Anderson Adauto nesta quinta-feira

Joaquim Barbosa votou pela condenação do ex-ministro Anderson Adauto nesta quinta-feira

Na conclusão de seu voto sobre o item sete da denúncia do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa decidiu nesta quinta-feira pela condenação de dois deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) - Paulo Rocha (PA) e João Magno (MG) - e do ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, mas entendeu pela absolvição do ex-deputado Professor Luizinho (SP) e dos assessores de Rocha e Adauto, Anita Leocádia e José Luiz Alves.

Em um breve voto, iniciado por volta das 19h de ontem e concluído no início desta tarde, Barbosa entendeu que os assessores podem ter participado da lavagem de dinheiro, mas viu falta de provas para dizer que eles conheciam os crimes antecedentes. Sobre Professor Luizinho, acusado de receber R$ 20 mil do valerioduto, Barbosa também não encontrou provas suficientes para dizer que a quantia foi repassada ao petista.

"Cotejando todos esses depoimentos, entendo haver uma dúvida razoável quanto à pratica de lavagem de dinheiro quanto ao réu Professor Luizinho", disse Barbosa. A defesa do réu, ex-líder do PT da Câmara, afirma que o dinheiro foi um pedido exclusivo do assessor do então deputado, José Nilson dos Santos.

Para condenar Adauto, Rocha e Magno, Barbosa usou o mesmo critério: pouco importa o destino dado ao dinheiro, mas a forma de recebimento. Os repasses, alegadamente destinados a cobrir despesas de campanha, foram recebidos do grupo de Marcos Valério, apontado como operador do mensalão, e não pelo PT.

"Diversamente do que foi alegado por Adauto, os valores em questão não foram recebidos do diretório nacional do PT, mas sim repassados pelo esquema, pelo núcleo de Marcos Valério. Além disso os repasses foram feitos mediantes mecanismos de lavagem de dinheiro", disse o ministro, que já havia indicado a condenação dos demais réus na noite de quarta-feira.

Anderson Adauto é acusado de receber R$ 950 mil de Marcos Valério, por intermédio de seu então chefe de gabinete, José Luiz Alves. Recibos informais apreendidos no Banco Rural, instituição envolvida na lavagem de dinheiro do mensalão, apontam que o assessor do ministro recebeu R$ 600 mil. Os outros R$ 350 mil foram entregues ao irmão do ex-ministro, Édson Pereira de Almeida, por Simone Vasconcelos na sede da agência SMP&B. Em uma das ocasiões, Simone Vasconcelos precisou usar um carro forte para o prédio da Confederação Nacional de Comércio (CNC), onde funcionava a empresa de Valério.

"Apesar de o recebimento de dinheiro por meio da lavagem do Banco Rural e o numero de operações da qual participou seja suficiente para dizer que José Luiz Alves aderiu à lavagem de dinheiro, eu entendo não haver elementos para afirmar que ele não tinha conhecimento dos crimes antecedentes", disse Barbosa ao livrar o assessor de Adauto.

Paulo Rocha é acusado de receber R$ 920 mil do esquema operado por Marcos Valério, sendo R$ 600 mil recebidos por sua assessora, Anita Leocádia. Já João Magno teria recebido R$ 350 mil de Valério e seus sócios.

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