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O relator da ação penal do mensalão, Joaquim Barbosa, votou nesta quinta-feira pela condenação do presidente do PTB, Roberto Jefferson, do ex-deputado Romeu Queiroz e do ex-secretário do partido Emerson Palmieri pelo crime de lavagem de dinheiro. O ministro considerou ontem os três culpados pelo crime de corrupção, devido ao suposto recebimento de dinheiro para apoiar o PT no Congresso durante o primeiro mandato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
"A terceira forma de entrega (de dinheiro) foi realizada pessoalmente por Marcos Valério ao corréu Roberto Jefferson. Desta feita, foi pago o valor de R$ 4 milhões em espécie, em duas parcelas, a primeira no valor de R$ 2,2 milhões e a segunda no valor de R$ 1,8 milhão. A entrega de tal montante em espécie, necessariamente, segue mecanismos de lavagem de dinheiro, com objetivo de ocultar a origem e o real destinatário dos valores", disse.
Delator do mensalão, Roberto Jefferson é acusado de receber R$ 4 milhões que seriam destinados ao PTB para que o partido apoiasse projetos do governo federal no Congresso. Jefferson assumiu a presidência do PTB depois da morte do presidente da sigla José Carlos Martinez que, segundo o Ministério Público, também recebeu dinheiro do PT. Para Barbosa, não há provas de que Emerson Palmieri realizou lavagem de dinheiro ao receber parte das quantias.
"Não há qualquer prova de que o senhor Emerson Palmieri tenha ajudado na lavagem do dinheiro repassado a José Carlos Martinez", disse, afirmando que o réu também não pode ser considerado culpado pela lavagem ao montante recebidos pelos demais corréus. "Não é possível condená-lo tendo e vista que os recursos se destinavam ao parlamentar. Também não foi demonstrada a sua participação na distribuição de dinheiro", disse Barbosa. O ministro considerou, no entanto, que Romeu Queiroz utilizou a mesma sistemática de Roberto Jefferson e, portanto, praticou lavagem de dinheiro.
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