Enquanto os coronéis e endinheirados da rica Ilhéus de 1925 se divertiam ao som da alegre música do cabaré Bataclan, Risoleta – também conhecida pela carinhosa alcunha de Zarolha – recebia, inteiramente nua, o sírio Nacib, “o brasileiro das Arábias” criado por Jorge Amado. É o primeiro capítulo do remake de Gabriela, que desta vez tem Leona Cavalli na pele da prostituta que ao longo da trama é preterida em favor da protagonista. “Estou encarando como um grande presente interpretá-la”, conta Leona. “Ela é cheia de nuances: tem emoção, humor, devoção.”
A atriz diz ter ficado surpresa com o alvoroço causado por sua cena de nudez no primeiro episódio. “Acho que ainda existe preconceito em cima de uma atitude mais libertária das mulheres, dessa liberdade que as mulheres conquistaram”, avalia.
O motivo pelo qual sua personagem tem o apelido de Zarolha lhe arranca uma gargalhada. “É o que dizem, mas ainda não cheguei a viver isso com ela.”
Prestes a estampar a capa da PLAYBOY, Leona garante que não se acha sensual. “Eu me considero sensorial. Sou muito ligada à sensação. Minha sensibilidade é bastante aflorada, à flor da pele.” De fato, a julgar pelas fotos, o que não lhe falta é sensibilidade.