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Atuando com personalidade e muita raça, os jovens jogadores do Santos conquistaram o Campeonato Brasileiro de 2002, neste domingo, ao derrotar o Corinthians, no Estádio do Morumbi, em São Paulo, por 3-2, pondo fim a um jejum de títulos que já durava 18 anos.
O primeiro gol santista foi de pênalti, marcado aos 37 minutos do primeiro tempo por Robinho, que havia sido derrubado na área por Rogério, depois de uma jogada espetacular. O segundo veio aos 43 minutos da segunda etapa, com Elano. Léo deu números definitivos ao placar no segundo minuto dos descontos.
Para o Corinthians marcaram Deivid, aos 30 minutos do segundo tempo, de cabeça, e Anderson, nove minutos depois, aproveitando um lançamento do volante Vampeta.
A vitória foi comemorada em Santos com uma grande festa nas avenidas litorêneas e no centro da cidade.
As comemorações continuaram até a manhã desta segunda-feira, levando a Prefeitura da cidade, já na noite de domingo, a decretar ponto facultativo.
No Morumbi, as duas torcidas haviam lotado o estádio para incentivar seus jogadores sem parar, e foram premiadas com uma partida histórica, repleta de jogadas antológicas e carregada de emoção.
O goleiro santista Fábio Costa ajudou a garantir a conquista com defesas milagrosas, mas o grande nome da partida foi Robinho, que levou a defesa corintiana ao desespero com suas investidas.
O Santos, que havia vencido a primeira partida da decisão por 2-0, no dia 8 de dezembro, podia perder por até um gol de diferença neste domingo, mas não se limitou aos contra-ataques, partindo desde o início em busca de gols.
A equipe do técnico Émerson Leão, no entanto, sofreu um susto logo aos dois minutos de jogo, quando uma lesão na coxa esquerda tirou de campo o jovem astro Diego, um dos principais jogadores do Santos nesse campeonato, que foi substituído por Robert.
Diego tinha sido um dos principais artífices da vitória no jogo de ida da decisão, também disputado no Morumbi depois que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vetou o estádio de Vila Belmiro por não considerá-lo suficientemente grande para abrigar uma decisão.
O próprio Leão deu outro susto na equipe, aos 11 minutos da segunda etapa, quando foi expulso do banco pelo árbitro Carlos Eugênio Simon, por reclamação.
Leão vinha se queixando da arbitragem desde o primeiro tempo, alegando que Simon não estava apitando devidamente uma série de faltas do Corinthians, que o técnico santista considerou violentas.
Aos 27 minutos da segunda etapa, um torcedor do Santos invadiu o gramado, obrigando o árbitro a paralisar a partida por três minutos.
A invasão parece ter prejudicado mais os santistas, que no reinício do jogo permitiram o primeiro gol do adversário e, nove minutos depois, o segundo. Mas o Santos deu a volta por cima, conseguiu chegar ao empate, aos 43 minutos, e arrancou a vitória nos descontos, fechando o ano com o título que tanto almejava. Corinthians e Santos disputaram 31 jogos no Brasileirão, com 16 vitórias para os santistas e 15 para os corintianos. A equipe da baixada empatou outros seis jogos e marcou 59 gols, sofrendo 41. Já o clube da capital paulista empatou mais sete e anotou 50 gols, com sua defesa levando 46.
CORINTHIANS
Doni, Rogério, Fábio Luciano, Anderson, Kleber, Vampeta, Fabinho (Fabrício), Renato, Deivid, Guilherme (Leandro), Gil
Técnico: Carlos Alberto Parreira
SANTOS
Fábio Costa, Maurinho, Alex, André Luiz, Léo, Paulo Almeida, Elano, Renato, Diego (Robert, depois Michel), Robinho, William (Alexandre)
Técnico: Émerson Leão
Árbitro: Carlos Eugênio Simon
Cartões amarelos: Maurinho, Fábio Costa, Léo (Santos), Fabinho, Fábio Luciano (Corinthians)
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