A diretora do Departamento de Pesquisas de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Clarice Messer, afirmou que a vice-diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Anne Krueger, mostrou uma visão de que o encaminhamento da economia brasileira pelo Fundo é positivo e as medidas estão na direção correta. Krueger reuniu-se, na última segunda-feira com a diretoria da Fiesp. “Há um entendimento que o ótimo é inimigo do bom. Provavelmente, o ideal não é alcançado de imediato, vai sendo alcançado em um processo”, disse Messer. Ela acrescentou que a mudança nas condições econômicas brasileiras é visível por parte da diretora do FMI.
De acordo com a diretora da Fiesp, Anne Krueger não manifestou opinião sobre uma possível necessidade de intervenção do governo brasileiro no câmbio. Segundo Clarice Messer, do ponto de vista da diretora do FMI, que falou sobre a valorização do real, há um período de espera para ver como essa reacomodação da economia. Clarice Messer disse que os motivos que provocam a elevação da taxa de juros no país também foram discutidos no encontro de Anne Krueger com os empresários. Um dos motivos apontados por eles para isso é o crédito escasso no país. A diretora da Fiesp informou que, no encontro, a federação demonstrou apoio ao governo brasileiro, caso seja necessária a negociação com o Fundo de novo empréstimo, quando o que está em vigor terminar. O acordo atual expira em dezembro 2003.
Assessor de Palocci nega que visita de diretora do FMI
tenha relação com extensão
de empréstimo
O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Otavio Canuto, informou que câmbio, política monetária, Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e negociações comerciais foram os principais temas abordados durante encontro de empresários com a vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Anne Krueger. No encontro, Canuto negou que a visita de Krueger ao Brasil esteja relacionada a uma extensão de empréstimo com o Fundo. A diretora do departamento de Pesquisa Estudo Econômico da Fiesp, Clarisse Messer, afirmou que a Federação das Indústrias apoiará o governo, caso haja necessidade de renovação de acordo com o FMI. Segundo a assessoria de imprensa do ministério da Fazenda, a visita da diretora ao Brasil é de cortesia. Até o próximo dia 6 de junho, o FMI pode colocar à disposição do Brasil a quarta parcela (US$ 9,1 bilhões) do empréstimo de US$ 30 bilhões já concedido pelo Fundo. A parcela é superior ás demais já liberadas. Cabe ao governo brasileiro decidir se utiliza ou não os recursos.
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