A DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) abre hoje inquérito para apurar as responsabilidades na adulteração das fitas do circuito interno de segurança da Universidade Estácio de Sá, segundo a Polícia Civil do Rio. A estudante Luciana Gonçalves de Novaes, 19, foi baleada no campus da universidade, no último dia 5. A origem do tiro ainda é desconhecida.
De acordo com a polícia, pelo menos dez minutos de imagens gravadas pelo sistema interno de segurança foram suprimidos do material enviado para análise.
O delegado-titular da DRE, Luiz Alberto Andrade, vistoriou hoje salas da empresa Telesegurança, responsável pelo sistema de câmeras da Estácio. O objetivo era investigar documentos que ligam a empresa à universidade. Segundo a Polícia Civil, não foi encontrado nenhum material que comprove a adulteração das fitas.
Acareação e prisão
As investigações sobre a origem do tiro que feriu a estudante devem prosseguir com depoimentos.
No entanto, caso os relatos não levem aos responsáveis, a polícia não descarta a possibilidade de realizar uma acareação entre os envolvidos --universidade e empresas de segurança-- e pedir a prisão temporária de suspeitos.
Hipóteses e vítima
A polícia ainda investiga a origem do tiro que feriu a estudante. Há a possibilidade de o tiro ter sido disparado por um policial, no campus da universidade. Ele estaria à paisana e teria baleado a garota por engano. O alvo seria um traficante que invadira a universidade.
Investigações preliminares apontavam que o tiro poderia ter sido dado do morro do Turano --vizinho da Estácio-- em represália pela morte de um suposto traficante e pelo desaparecimento de outros dois homens. Na última terça-feira foi realizada a reconstituição do crime, para tentar esclarecer a distância do disparo.
A estudante permanece internada no Hospital Pró-Cardíaco. Ela se recupera de cirurgias para a remoção da bala e fixação da coluna e para a fixação da mandíbula. Não necessita de sedativos, mas respira com ajuda de aparelhos e não apresenta atividade motora.
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