A tarifa dos serviços prestados pela Sabesp, empresa de saneamento básico que atende o estado de São Paulo, passará por um reajuste de 6,11% a partir de 1º de janeiro de 2026. Esse percentual corresponde à correção da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulada desde julho de 2024, quando ocorreu a privatização da companhia, até outubro de 2025. A determinação foi feita pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), que exerce a regulação do setor e aprovou a revisão tarifária, sem aumento real para o consumidor final, ou seja, o reajuste apenas repõe a inflação do período.
O reajuste autorizado tem como base o novo contrato de concessão firmado após a privatização da Sabesp, que prevê mecanismos de equilíbrio entre os investimentos que a empresa realiza e a tarifa cobrada dos usuários. A Arsesp, na sua deliberação, afirmou que o novo modelo regulatório segue o previsto no contrato de concessão, garantindo transparência e defesa dos interesses da população. É importante destacar que a tarifa de referência usada pela agência ficou cerca de 15% abaixo do que seria cobrado caso a Sabesp ainda fosse uma estatal.
A chamada "tarifa de equilíbrio" é um dos instrumentos criados para compensar investimentos feitos pela concessionária no ciclo tarifário. A aplicação do reajuste faz parte da estratégia para garantir a sustentabilidade financeira da Sabesp e a continuidade dos serviços de saneamento, incluindo captação, tratamento e distribuição de água potável, assim como o tratamento de esgoto. O governo estadual ressalta que a revisão tarifária está em consonância com a recomposição inflacionária e que não significará aumento real para os consumidores.
Além da tarifa, a Sabesp informou que está comprometida com a transparência do processo regulatório e que manterá acionistas e o mercado informados sobre eventuais desdobramentos do reajuste tarifário. O reajuste será aplicado em todas as regiões atendidas pela empresa, incluindo a Região Metropolitana de São Paulo, que concentra o maior número de usuários.
(*) Com informações das fontes: Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), Sabesp, CNN Brasil, G1, Exame, Terra, InfoMoney, Estadão reprodução notícias publicadas em dezembro de 2025.