Tanques e veículos blindados norte-americanas realizaram várias operações contra alvos no centro de Bagdá, que foi submetida a pesados bombardeios que se prolongaram na madrugada deste domingo.
Os bombardeios tornaram-se particularmente intensos para dar apoio às tropas em terra, empenhadas em destruir os tanques e as unidades de artilharia do Iraque.
A intensidade dos bombardeios chegou registrar 28 poderosas explosões de bombas de 250 quilos no espaço de pouco mais de uma hora.
As tropas norte-americanas fizeram sentir a sua presença no centro da capital iraquiana em plena luz do dia, no sábado, para demonstrar, chegando a pouco mais de um quilômetro do palácio presidencial de Saddam Hussein e encontrando apenas esporádica resistência, segundo o general Victor Renuart, chefe de operações do Comando Central.
O ministro de Informação do Iraque Mohammed Saeed al-Sahaf negou que as unidades blindadas dos EUA tivessem atravesado a cidade, ressaltando que os choques ocorreram "longe da capital".
Fontes do Comando Central disseram acreditar, pela devastação já causada à Guarda Republicana, seus tanques e suas peças de artilharia, que o desfecho da guerra poderá ser uma questão de manter a pressão e os bombardeios por mais alguns dias.
O general Renuart, contudo, alertou, ser ainda cedo para falar de vitória.
"A vitória virá, não há dúvidas", disse Renuart. "Mas, a luta ainda está longe de terminar em Bagdá".
De acordo com Renuart, dois esquadrões de combate da 3ª Divisão de Infantaria do Exército dos Estados Unidos realizaram uma incursão na capital iraquiana, partindo do sul de Bagdá em direção ao norte da cidade e voltando pela região oeste até chegar ao aeroporto, que está sob controle da coalizão.
"Acho que foi uma clara indicação da capacidade das forças de coalizão de se movimentar livremente em Bagdá", disse o general.
Fontes em Bagdá informaram que puderam avistar as forças norte-americanas bem próximas do centro da cidade, assim como da ponte Saddam, perto da Universidade de Bagdá, a cerca de 1,5 quilômetro do palácio presidencial de Saddam Hussein.
As forças da coalizão também assumiram controle da Base Aérea Militar de Rasheed, na região leste de Bagdá, disseram as fontes ao correspondente da CNN Nic Robertson, que está na cidade de Ruwaished, na fronteira do Iraque com a Jordânia.
Segundo as mesmas fontes, as forças norte-americanas montaram um posto de controle a 10 quilômetros ao norte de Bagdá, em uma rodovia principal.
E, o correspondente da CNN Martin Savidge, que está com o 1º Batalhão da 7ª Divisão de Marines, disse que, na tarde deste sábado, hora local, sua unidade se dilrigiram aos subúrbios da região sudeste de Bagdá.
O avanço das tropas norte-americanas em Bagdá ocorreu após a consolidação das posições de controle do aeroporto da capital iraquiana, que está a cerca de 16 quilômetros do centro da cidade.
O ministro de Informação do Iraque, Mohammed Saeed al-Sahaf, também negou categoricamente que as forças da coalizão estejam controlando o aeroporto e disse que os soldados norte-americanos "foram massacrados".
"Há muitos mortos e diversos de seus equipamentos e veículos foram destruídos", declarou al-Sahaf, em um discurso pela televisão iraquiana.
"Os invasores ainda estão tentando bombardear a Guarda Republicana que está controlando o Aeroporto Internacional Saddam".
O porta-voz do Comando Central dos Estados Unidos, capitão Frank Thorp, disse que os comentários de al-Sahaf sobre o aeroporto, que foi recebeu agora um novo nome, Aeroporto Internacional de Bagdá, são "sem fundamento".
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