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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende reunir todos os seus ministros para discutir a postura de integrantes do governo nas eleições municipais de outubro. Como muitos dos integrantes de primeiro escalão têm ligações partidárias e alguns deles são ou foram parlamentares, o governo tem adotado o tom de cautela para evitar que a presença de autoridades em palanques possa desencadear contestações na Justiça.
"Vamos definir o parâmetro para o comportamento dos ministros. Temos que ter muito cuidado. Cada ministro tem sua base nos Estados", explicou o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. Deputado licenciado, Múcio se disse favorável à possibilidade de integrantes do primeiro escalão do governo poderem subir em palanques de aliados.
Desde o início do ano, o Palácio do Planalto tem feito reuniões para avaliar em que medida ministros e secretários podem comparecer a eventos de campanha. Na primeira reunião ministerial de 2008, em meados de janeiro, o presidente Lula já havia confirmado que marcaria presença nas campanhas de aliados nas eleições de outubro. Naquela ocasião, a assessora especial Clara Ant distribuiu aos ministros e líderes uma espécie de cartilha para ser utilizada nas bases eleitorais como suporte para a disputa municipal.
"Vamos fazer reparos e cicatrizes contarem a nosso favor", explicou Múcio. A participação de ministros governistas nas eleições voltou a ser discutida abertamente há cerca de dois meses, durante uma audiência com o Conselho Político da Coalizão, formado por todos os partidos da base aliada. Na época, o presidente Lula fez a ressalva de que não iria apoiar publicamente candidatos que estivessem disputando o pleito com adversários de partidos da base de governo.
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