O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou na tarde desta terça-feira, em discurso na tribuna do Senado, que a Editora Abril, que publica a revista Veja participa de negociações "imorais, repulsivas e fraudulentas". "Participa de uma montagem fraudulenta com empresas fantasmas, laranjas, lavanderias, para concretizar um negócio asqueroso, pantanoso", afirmou Calheiros.
A assessoria de imprensa da Editora Abril disse que a empresa ainda não tem uma posição oficial sobre as declarações feitas pelo senador na tarde de hoje.
Em seu discurso, o presidente fez questão de mostrar no telão do plenário uma reportagem da rede Bandeirantes, que denuncia negócios supostamente ilegais feitos entre a editora e uma empresa estrangeira.
Calheiros afirmou ainda que uma empresa sul-africana, segundo ele de caráter racista, que possuiria uma sede fantasma no Brasil, teria adquirido 30% da Editora Abril. Conforme o senador, a empresa teria gasto na negociação cerca de 400 vezes mais do que seu faturamento.
O senador afirmou ainda que pedirá que o procurador-geral da República, o Ministério Público, a Polícia Federal e a CPI da Abril - que ainda não saiu do papel - investiguem o negócio.
O senador chegou a dizer que a revista Veja usa técnicas racistas e nazistas em seus veículos de imprensa. "Jornalismo como esse, como instrumento de repetição é fascismo, é nazismo", afirmou.
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