|
A Aeronáutica trabalha com a hipótese de que o acidente envolvendo o Airbus A320 da TAM, ocorrido no dia 17 de julho, tenha sido provocado por mais de um fator. Segundo o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho, somente os dados contidos nas caixas-pretas vão apontar os fatores que provocaram a tragédia. Ele ressalta, no entanto, que "nenhum acidente é provocado por um único fator" e sim por "uma seqüência deles".
"Poderíamos criar algumas hipóteses e trabalhar em cima delas, mas não seria adequado antecipar qualquer coisa, porque não temos dados concretos que nos permitam arriscar", disse.
No entanto, o Cenipa trabalha com cinco fatores principais que poderiam ter colaborado para a tragédia: as condições da pista principal de Congonhas, a falta do reversor (sistema de frenagem) direito da aeronave, a posição incorreta do manete (controlador de velocidade) no momento do pouso, pane mecânica e falha dos comandantes. Somente as investigações poderão apontar se dois ou mais desses fatores foram responsáveis pela tragédia envolvendo o Airbus.
O brigadeiro Jorge Kersul Filho ressalta que a investigação realizada pela Aeronáutica não tem a intenção de apontar "suspeitos ou culpados" pelo acidente. "A investigação de acidentes feita pelo Cenipa não vai apontar nomes. Não interessa, por exemplo, nem o nome do piloto da aeronave", disse.
A investigação criminal para apontar os possíveis responsáveis pela tragédia com a aeronave da TAM está sendo realizada pela Polícia Civil de São Paulo, no 27° Distrito Policial (Campo Belo), na zona sul da capital.
|
