Senadores pedem afastamento; Renan diz que fica

 

Politica - 04/07/2007 - 09:42:22

 

Senadores pedem afastamento; Renan diz que fica

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), defendeu em Plenário, na tarde desta terça-feira, o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência da Casa. O debate sobre o afastamento do presidente durou cerca de duas horas. Além da bancada tucana, o Democratas e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) também se manifestaram favoráveis ao afastamento do parlamentar. Calheiros estava presente na mesa da presidência da sessão e, mais uma vez, disse que não deixa o cargo. Ambos os partidos defendem que o presidente da Casa deixe o posto até a conclusão das investigações no Conselho de Ética. Calheiros é suspeito de ter contas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior. "Sugiro que se afaste da presidência do Senado e do Congresso até o momento final das investigações, até a conclusão definitiva. Volto a dizer com a autoridade de quem lidera um partido que, em nenhum momento, fez pré-julgamentos; um partido que, em nenhum momento, partiu para nada parecido com linchamento moral; um partido que, em nenhum momento, fez nada a não ser pedir mais investigação e absoluta garantia de direito de defesa", afirmou Virgílio. Após o discurso do parlamentar, Calheiros disse que fica na presidência do Senado. "Sucumbir à sedução de um pseudo clamor é incompatível com a coragem e honradez que tenho me pautado. Com serenidade, entendo que devo permanecer na presidência, mesmo que, com isso, contrarie apetites políticos de ocasião", afirmou. O presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), reiterou a posição do partido. Cristovam Buarque (PDT-DF) também defendeu o afastamento. "Reafirmo que, em nome da Casa que o senhor jurou defender, entendo que é melhor para o Senado que esse processo seja feito com outra pessoa no seu lugar provisoriamente", afirmou. Mesmo parlamentares da base aliada do governo, como Eduardo Suplicy (PT-SP) e Renato Casagrande (PSB-ES), subiram ao plenário. Eles não pediram a saída do presidente, mas enfatizaram sobre a necessidade de haver uma investigação clara e "sem vícios". Apenas dois senadores usaram a tribuna para defender o alagoano: o líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), e o senador Almedia Lima (PMDB-SE), um dos principais membros da chamada "tropa de choque" de Calheiros. O Conselho de Ética tem reunião marcada para o final da tarde de sexta-feira. Mais cedo, a mesa diretora do Senado decidiu devolver a representação do Psol por quebra de decoro contra Calheiros ao Conselho de Ética. A partir de agora, no entanto, o processo deve começar com novo relator ou uma comissão de investigação.

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