A trajetória de queda da taxa de juros básica, Selic, mais uma vez mantém o seu ritmo tímido e não compromissado com crescimento imediato, na opinião da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Segundo a entidade, a taxa real - obtida pela diferença da taxa Selic e a da inflação corrente -, apresenta média de 12,4%, ao ano, para o período de janeiro a agosto de 2006. A de setembro, após a reunião desta terça-feira do Comitê de Política Monetária (Copom), está em 11,7%.
"O resultado do conservadorismo da política econômica brasileira, traduzido em previsão de inflação para este ano de 3,7%, é equivocadamente comemorado pelo governo como êxito e não como erro", diz a nota enviada pela Fiesp.
De acordo com a federação, para um país como o Brasil, "que estabeleceu meta de inflação de 4,5% para 2006", condicionando a taxa de crescimento da economia, "deixar ir-se pelo ralo a evolução decorrente da diferença de 0,8% de inflação - algo como 1 % a mais do PIB ou a criação 400 mil novos empregos". "Ao invés de lágrimas promove sorrisos. A produção lamenta", afirma Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
|