O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, garante que, se for eleito, irá investigar todas as denúncias de corrupção envolvendo o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva."Nós temos o dever de investigar todas as irregularidades e elas não são poucas. São ministérios diferentes, estatais diferentes, amigos diferentes, malversação de diversos níveis. Dá para encher um caderno de irregularidades. É óbvio que elas serão investigadas, esse é um princípio da República", afirmou o tucano ao jornal O Estado de S.Paulo.
Na entrevista, Alckmin também afirmou que, em seu eventual governo, não permitirá que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, "se meta em assuntos do Brasil". Para o pré-candidato ao Planalto, Lula está se submetendo ao presidente do país vizinho.
Na hipótese de vencer as eleições de outubro, Alckmin promete que sua primeira medida será se empenhar pela aprovação da reforma política, a fim de impedir que candidatos eleitos voltem a se candidatar no pleito seguinte caso troquem de partido durante o mandato. O ex-governador de São Paulo também pretende priorizar a reforma tributária, a fim de unificar as legislações estaduais relativas ao ICMS.
"Hoje existem 27 leis estaduais diferentes e 55 alíquotas. Nossa idéia é ter cinco faixas e, num segundo momento, partir para o IVA (Imposto de Valor Agregado), unificando ICMS, ISS, IPI e uma série de tributos", avalia.
"Lula faz populismo fiscal"
Geraldo Alckmin também se diz disposto a promover mudanças na política fiscal, reduzindo gastos, juros e impostos para, a seu ver, permitir maior crescimento da economia e investimentos em infra-estrutura. Para o tucano, Lula está aumentando os gastos por conta do ano eleitoral e deixará uma "bomba fiscal" ao fim de seu governo.
"Lula está fazendo populismo fiscal. O Brasil aumentou gastos, aumentou impostos e diminuiu investimentos. Essa é a fórmula para não crescer. O País está com uma bola de ferro travando a economia", opina.
|