Três líderes do Movimento de Libertação dos Sem-Terra foram acusados de tentativa de homicídio contra policiais legislativos durante a invasão da Câmara dos Deputados, na terça-feira. Bruno Maranhão, David Pereira da Silva e Arildo Joel da Silva também são acusados de dano ao patrimônio público, formação de quadrilha e corrupção de menores (comuns a todos os manifestantes detidos). Arildo também é acusado de ferir gravemente o coordenador de logística do Departamento de Polícia Legislativa da Câmara, Normando Fernandes, com uma pedrada na cabeça.Segundo o delegado Antônio Coelho, titular da 2ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, as imagens do circuito interno da Câmara provam que os manifestantes provocaram o confronto. Os policiais legislativos confirmaram que os envolvidos já desceram dos ônibus buscando pedras e logo arremessaram o carro Fiat Uno contra a porta de entrada. Alguns agentes, segundo o delegado, chegaram a ouvir integrantes do MLST gritarem a frase: "Vamos matar esse pessoal".
'Manifestação pacífica
Em seus depoimentos, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os militantes do MLST negaram que tivessem participado de uma ação premeditada. Todos alegaram que pretendiam fazer parte de uma manifestação pacífica e que teriam reagido a uma suposta ação violenta da Polícia Legislativa, disse o delegado.
Maranhão disse à polícia que não estava presente no momento das depredações e que, quando chegou, tentou acalmar os ânimos. Franciele Denísia Assêncio, que foi filmada quebrando terminais de computador, negou ter participado de qualquer ato de depredação mesmo depois de assistir às imagens.
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