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O Ministério Público de São Paulo acusou ontem a Secretaria Estadual da Segurança Pública de ter entregue, duas semanas após o fim dos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC), apenas 39% dos laudos necroscópicos dos agentes de segurança e supostos criminosos mortos em confrontos ocorridos entre os dias 12 e 19 de maio. Segundo o MPE, pelo menos 32 suspeitos mortos no período continuam sem identificação.A Secretaria da Segurança Pública, no entanto, garante que o Ministério Público já recebeu a maioria dos laudos e, garante, nova remessa de documentação foi entregue na última terça-feira. O governo paulista promete enviar os laudos que restam ainda hoje - referentes a agentes de segurança e presos mortos em rebeliões.
Dentre os corpos ainda não identificados, há um policial civil e um agente penitenciário. O Ministério Público investiga se houve abuso policial nos óbitos e suspeita da ocorrência de execuções sumárias de suspeitos.
Ontem, o MPE divulgou lista oficial com os nomes de 23 policiais militares, seis agentes penitenciários, oito policiais civis, três guardas municipais e 122 suspeitos que morreram durante os enfrentamentos. Porém, segundo o MPE, o governo de São Paulo entregou até agora apenas 16 laudos necroscópicos dos 40 agentes de segurança mortos, e somente 47 laudos dos 122 suspeitos.
A Defensoria Pública de São Paulo, após análise de laudos fornecidos pelo IML da capital paulista, constatou que há indícios em vários casos de ação ilegal de policiais. Segundo os documentos, pelo menos 22 dos suspeitos mortos teriam sofrido tiros de cima para baixo - reforçando suspeita de que os supostos criminosos estariam rendidos no momento dos disparos.
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