Uma empresa com apenas 30 funcionários foi responsável pela maior doação ao PT em 2005. A a Petrowax Indústria e Comércio de Lubrificantes Ltda., de Iperó, a 128 km de São Paulo, transferiu R$ 600 mil, em 29 de dezembro de 2005, ao PT, superando valores dados por grandes indústrias.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a fabricante de lubrificantes consta do cadastro de fornecedores da Petrobras, mas desde 1997 não vende nada à estatal. Esta é a primeira vez que a indústria realizou uma doação partidária. "A gente ficou sensibilizado com a situação do partido. Quisemos dar uma mão", diz Marcos Augusto Guerra, que dirige a companhia junto com seu irmão Pedro.
A colaboração da Petrowax superou a feita pela Companhia Siderúrgica Nacional, que possui 8 mil empregados e doou R$ 500 mil. "Foi uma doação normal, como todas as outras. Eles me ligaram, manifestaram interesse e foi feita a contribuição, dentro da lei", diz o tesoureiro do PT, Paulo Ferreira.
Desde sua constituição, a Petrowax opera com capital social diminuto, de R$ 50 mil. Seus 30 empregados fazem dela uma pequena empresa, seguindo critério do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Para o presidente da empresa, ela é "média", por ter faturamento maior do que o esperado de uma fábrica com tão pouca gente. Ele diz não revelar o faturamento da Petrowax por "questões estratégicas".
Marcos Guerra afirma que a simpatia pelo PT e com o governo Lula motivaram sua doação. Ele se diz um admirador do presidente e reforça que não é filiado ao PT.
O PT deve cerca de R$ 46 milhões a bancos e credores. Em 2005, o partido fechou suas finanças no vermelho, com rombo operacional de R$ 3,37 milhões. O declínio foi também efeito de uma queda de 80% nas contribuições de empresários em relação a 2004.
|