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O líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, fez ameaças de morte contra o governador de São Paulo, Cláudio Lembo, e o secretário de Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, entre outras autoridades. De acordo com o juiz Carlos Fonseca Monnerat, corregedor dos presídios da capital, agentes teriam ouvido Marcola fazer as ameaças durante a sua transferência para o Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), em São Paulo, na semana passada.Segundo Monnerat, a representação entregue pela secretaria contém depoimentos de agentes do Estado que teriam presenciado as ameaças. De acordo com o juiz, ouvido pelo jornal Folha de S. Paulo, o documento diz que Marcola, em represália às transferências, teria ameaçado de morte o governador, o secretário Furukawa, diretores de presídios e policiais. O líder do PCC também teria afirmado que atentados e rebeliões seriam realizadas pela facção para protestar contra a transferência.
O diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), Godofredo Bittencourt, negou que agentes do Estado tenham sido ameaçados por Marcola durante a sua permanência em São Paulo.
Com base no relatório, enviado ontem pelo governo paulista à Justiça, Monnerat determinou ontem a inclusão de Marcola no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) por um período de 90 dias. A Promotoria de Justiça da Vara de Execuções também usou os últimos atentados e rebeliões provocadas pelo PCC para justificar o pedido.
Ordem
"Não pára por aqui. Levanta aí, procura levantar onde tem, onde mora agente penitenciário, diretores (de presídio) e políticos. É pouca idéia. O negócio é botar pra arrebentar, a ordem é matar sem dó", diz um preso do interior ao falar com um soldado da zona norte da capital, segundo um gravação interceptada pela polícia e reproduzida hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo. A conversa teria ocorrido no último sábado, um dia após a transferência de Marcola.
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