O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que vai comandar ele próprio a campanha pela reeleição. Como seus principais assessores em 2002, José Dirceu e Antonio Palocci, estão fragilizados por denúncias de corrupção, Lula vai montar uma nova equipe para formular seu programa de governo. Segundo a edição deste domingo do jornal O Globo, Lula quer formar uma equipe com nomes de fora de Brasília, como o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, e auxiliares de sua confiança, como o assessor especial Marco Aurélio Garcia. "Nesse processo, algumas pessoas foram baleadas e saíram da linha de frente", disse Jaques Wagner, que também deve ficar de fora da campanha.
A participação dos "proscritos", no entanto, não está descartada, mas deve ser discreta. "O PT não aceita mais grupelhos e nem projetos individuais. Vivemos um processo de desconcentração de poder", afirmou o vice-líder do partido na Câmara, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (SP).
"Sendo uma campanha de reeleição, boa parte do pensamento e da estratégia política do presidente Lula vai estar no Palácio do Planalto. Por isso, uma boa interação entre o governo e o partido é a chave para a nossa campanha", diz o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), que vai ficar no comando formal da campanha.
Para os últimos meses de seu mandato, Lula vai modificar a coordenação política do Palácio do Planalto após a reforma ministerial. Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil, e Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência, devem ganhar mais atribuições.
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