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O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), criticou nesta sexta-feira a gestão da prefeita Marta Suplicy (PT), condenando os gastos viários feitos pela prefeitura entre 2001 e 2004.Durante a inauguração da primeira etapa das obras do Complexo Viário Real Parque (duas alças de acesso), no Brooklin, o prefeito disse que a obra poderia estar totalmente concluída se o dinheiro público fosse aplicado de acordo com as necessidades mais urgentes da cidade. Serra e Marta podem ser adversários ao governo do Estado nas eleições deste ano.
O prefeito classificou os túneis da Eusébio Matoso e da Cidade Jardim, concluídos no final do mandato de Marta Suplicy como "inúteis". "Se o dinheiro fosse aplicado aqui, que é uma obra muito mais importante, poderíamos entregar a obra completa", disse.
De acordo com o vereador Paulo Fiorillo, presidente municipal do PT, esse tipo de afirmação, no que diz respeito às prioridades da cidade, é dúbia. "Durante o primeiro ano do seu mandato, o prefeito não executou o que estava previsto em orçamento para áreas importantes da cidade como habitação e saneamento. E vale lembrar que foi ele quem decidiu pela paralisão da obra", afirma. Fiorillo foi chefe de gabinete da prefeita Marta Suplicy em 2003.
O Complexo do Real Parque, que prevê a construção de duas pontes sobre o Rio Pinheiros, começou a ser construído durante a gestão de Marta Suplicy. No início do governo Serra as obras foram paralisadas, para "análise dos contratos", a pedido do prefeito. Em um palanque, onde fez a inauguração, Serra prometeu a conclusão da obra até o final do ano que vem.
Na saída do evento, Serra ainda ouviu protestos de moradores da favela do Jardim Edite, parcialmente desapropriada para as obras. Os moradores se queixam que o valor de R$ 5 mil que a prefeitura destinou para os moradores é insuficiente para comprar uma nova moradia. Por seu lado, a prefeitura afirma que liberou cartas de crédito de R$ 40 mil para os moradores, mas só três fizeram uso delas.
No complexo Real Parque, Serra também fez críticas ao projeto, no que diz respeito às pontes estaiadas (que têm cabos de aço como sustentação). Segundo ele, é uma solução cara e que se fosse agora não seria feito dessa maneira. Porém, o prefeito diz que se a prefeitura optasse por outra solulção, neste momento, a obra ficaria ainda mais cara.
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