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Munido de um habeas-corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o marqueteiro Duda Mendonça se negou nesta quarta-feira a depor na CPI dos Correios. Alegando acordo com seus advogados, o publicitário disse que prefere se manter calado e que já havia dito tudo o que fora necessário para o processo em seu primeiro depoimento. "Falei a verdade e talvez tenha sido a pessoa mais penalizada pela CPI", disse.O relator Osmar Serraglio (PMDB-PR) decidiu formular as perguntas para Duda, mesmo que ele não responda. "Se fossem esclarecidas, elas poderiam ser utilizadas a seu favor", afirma ele, se dirigindo a Duda. "Tem sido um depoimento sem qualquer resultado prático. Infelizmente ele não está contribuindo para o nosso trabalho", reclamou o relator adjunto, deputado Maurício Rands (PT-PE).
A decisão de Mendonça foi tomada na madrugada desta quarta-feira. "Até as duas horas da manhã eu estava decidido a depôr", confirmou. "Mas meus advogados me convenceram a não falar, pois qualquer declaração poderia comprometer minha defesa". "Quando contrariei meus advogados só me ferrei", disse Duda.
Uma das poucas perguntas que Duda respondeu foi se ele acredita ou não em Deus. O publicitário riu dizendo que "não é candidato", mas que acredita em Deus.
O deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) disse que irá encaminhar processo contra Duda Mendonça, o acusando de perjúrio, por acreditar que o marqueteiro tenha mentido e omitido informações em seu primeiro depoimento.
Além do depoimento aberto, Duda Mendonça será questionado, em sessão restrita, por quatro parlamentares que viajaram até os EUA para investigar as contas de Duda no exterior.
Duda Mendonça é acusado de manter contas ilegais no exterior, abastecidas com dinheiro do "Valerioduto".
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