O pré-candidato tucano à Presidência da República e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, falou contra a reeleição ontem e reafirmou que sairá do cargo no dia 31 de março, a fim de se habilitar para as eleições de outubro. Alckmin, que disputa com o prefeito paulistano, José Serra, a indicação do PSDB, afirmou ainda que não há "fato novo" para adiar o anúncio da decisão, prometido para amanhã pelo presidente nacional da sigla, senador Tasso Jereissati (CE).
"Ter eleição todo ano não acho bom. Você pode ter, isto sim, é quatro anos sem reeleição. Como sempre foi. Não vejo nenhum problema. Isso é emenda constitucional e depende do Congresso", afirmou, se referindo à possibilidade de se substituir a reeleição pela ampliação do mandato do presidente de quatro para cinco anos. Nos últimos dias, Serra tem evitado comentar a disputa interna do PSDB, ao contrário de seu concorrente.
Durante visita à Bienal do Livro, no Anhembi, em São Paulo, Alckmin se disse "animadíssimo" com a possibilidade de a definição ocorrer já nesta terça-feira, embora admita que possa haver um adiamento:
"Estou animadíssimo. Mas também se não sair (a decisão) não vai ser o fim do mundo", afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo. Haveria a possibilidade de Serra se candidatar à sucessão de Alckmin, caso o governador conquiste o direito de concorrer ao Planalto.
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