Alegando estarem sofrendo ameaças de morte, familiares do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel (PT), assassinado em 2002, deixaram o País nesta semana sem revelar seu destino, por motivos de segurança. Embarcaram para o exterior o irmão caçula do petista, Bruno Daniel, sua mulher, Marilena, e os três filhos do casal. Não há previsão de retorno. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, nos próximos dias outro sobrinho de Celso, filho do primogênito João Francisco Daniel, também deixará o Brasil. Bruno e João Francisco, que contestam a tese de crime comum defendida pela Polícia Civil, afirmam que sua família tem recebido ameaças desde o depoimento de ambos à CPI dos Bingos, em outubro do ano passado.
Na ocasião, eles reafirmaram que a morte de Celso Daniel está relacionada a suposto esquema de corrução operado pela prefeitura do município com o objetivo de arrecadar dinheiro para as campanhas eleitorais do PT. No dia do depoimento (26 de outubro), eles sustentaram, durante acareação com Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que Carvalho sabia do esquema e tinha feito uma entrega do dinheiro pessoalmente ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
Gilberto Carvalho, que também foi assessor de Celso Daniel, e Dirceu negam. O PT concorda com a tese de crime comum defendida pela polícia.
Desde janeiro deste ano, Bruno e a mulher, Marilena, estão sob proteção policial 24 horas por dia. Segundo a Folha, apenas o casal permanecerá junto durante a viagem, enquanto os filhos rumaram para locais difeerentes, onde vão estudar mediante bolsas de extensão universitária.
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