O presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Moraes (PFL-PB), admitiu hoje a possibilidade de prorrogar os trabalhos da comissão caso não consiga derrubar liminares contra quebras de sigilos e caso não receba documentos ainda em poder do Banco Central e da Anatel.
Os trabalhos da CPI estão agendados para terminarem no dia 25 de abril. Para a prorrogação da mesma são necessárias 27 assinaturas de senadores. O senador acredita que não terá dificuldade em consegui-las.
Segundo o presidente, as pendências mais importantes são a liberação, por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), das quebras de sigilos fiscal, telefônico e bancário do presidente do Sebrae e amigo do presidente Lula, Paulo Okamotto, e do empresário que teria participado do transporte dos dólares cubanos, Roberto Carlos Kurzweil.
O pedido já foi negado duas vezes pelo STF. No entanto, a comissão pretende insistir. "Depois do Carnaval falaremos pessoalmente com o ministro Cezar Peluso, pois sem estas informações não conseguiremos fazer um relatório conclusivo e esclarecedor. Os dois casos são fundamentais para conclusão dos trabalhos", disse ele.
Efraim negou ainda que a prorrogação dos trabalhos da CPI - sendo finalizada ainda mais perto das eleições - sirva de palanque para a oposição. "Apenas queremos fechar os trabalhos de forma conclusiva. Não fazemos campanha 365 dias por ano", falou Efraim, ironizando a declaração feita pelo presidente Lula.
Sobre as investigações em torno do ministro Palocci, Efraim disse que elas continuam sendo feitas. "Continuamos investigando, porém como ex-prefeito de Ribeirão Preto. Na condição de ministro ele já esclareceu todos os fatos", afirmou.
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