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Dados recolhidos pela Polícia Federal, por meio da quebra dos sigilos fiscal e telefônico do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, reforçam as suspeitas de que cobrava um "pedágio" na estatal para arrecadar dinheiro de caixa dois para vários partidos em eleições anteriores. Dimas está sendo investigado por PF, CPI dos Correios e Ministério Público por suspeita de cobrança de propina na empresa - a PF está analisando uma lista com os nomes de 156 supostos beneficiários do esquema.De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, a análise inicial dos documentos indica que Dimas cobravo o "pedágio" (propina) induzindo construtoras e empresas que prestavam serviços à estatal a contratarem uma consultoria de fachada indicada por ele.
O ex-diretor, segundo a PF, impunha a consultoria como condição para autorizar os contratos. Uma das empresas forçadas a pagar a propina seria a JP Engenharia, forçada a pagar R$ 700 mil para uma consultoria indicada por Toledo para garantir um contrato de R$ 30 milhões, de acordo com a Polícia Federal. Três filhos de Dimas serão intimados para explicar os contratos.
O lobista mineiro Nilton Monteiro, reponsável por entregar a lista de Furnas à PF, afirma que foi contratado pela JP Engenharia para "abrir as portas" de Furnas para a empresa e reduzir ao máximo o "pedágio" a ser pago para obter os contratos. A autenticidade da lista é contestada por Dimas e supostos beneficários - parlamentares e pessoas ligadas ao PSDB, PTB, PFL, PP e PL.
Os em poder da PF serão cruzados com informações recolhidas pela Controladoria-Geral da União sobre todos os contratos de Furnas desde 1998. Suspeita-se de que tenham sido desviados R$ 36,5 milhões da estatal, por meio de contratos fraudulentos, somente nas eleições de 2002.
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