O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou hoje os feitos das gestões anteriores sobre a reforma agrária. Segundo ele, os outros governantes acreditavam que era necessário "isolar os agricultores sem-terra no meio do mato". Lula garantiu que cansou de visitar assentamentos que estavam há 20 anos funcionando onde o governo não havia chegado para oferecer assistência médica. "Todos nós reconhecemos que temos muitas coisas ainda para fazer, mas se compararmos ao que fizeram antes de nós, temos de ter orgulho, pois fizemos muito além", disse. Lula esteve hoje em Castilho, São Paulo, onde assinou uma linha de crédito para 12 mil famílias assentadas.
Lula disse que, quando se elegeu, falou no compromisso que teria com a qualidade da reforma agrária. O presidente afirmou que o sucesso desta reforma não se mede com a quantidade de famílias assentadas, mas pela qualidade do investimento técnico aplicado. Ele afirmou que no seu mandato 475 mil famílias já receberam assistência do governo.
Linha de crédito
Com recursos previstos de R$ 250 milhões, a nova linha de crédito vai tornar possível aos trabalhadores assentados o acesso a financiamento para a construção ou compra da casa própria no meio rural.
Lula deixa Castilho com destino a São Paulo nesta tarde, passando pela Base Aérea de Guarulhos (SP), onde permanece por um período descansando no hotel de trânsito dos oficiais.
Às 15h30, segue de helicóptero até a sede do Sport Club Corinthians para a inauguração do Memorial do Corinthians, um espaço destinado à preservação da história e conquistas de um dos clubes de futebol mais populares do País. Depois dos discursos, o presidente vai para a Congregação Israelita Paulista onde, às 18h30, participa da cerimônia em homenagem à memória dos seis milhões de judeus mortos durante a Segunda Guerra Mundial.
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