Às vésperas das prévias do PMDB, que deverão ocorrer em março, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, oficializa nesta quarta-feira sua pré-candidatura à Presidência da República, com claque em Brasília, conta com o apoio do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia. Já o principal adversário de Rigotto nas prévias, o secretário de Governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, anunciou que sairá do governo do Rio no fim do mês, com o objetivo de investir na sua pré-candidatura pelo País. No PMDB, no entanto, não há consenso em torno da candidatura própria para o Planalto. Nesta terça-feira, enquanto Rigotto almoçava com Jarbas Vasconcelos, governador de Pernambuco, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), se encontrava com o presidente Lula. Na saída, Calheiros deixou claro que ainda há muita disputa no partido até as eleições.
"Garotinho e Rigotto são bons candidatos, mas não trabalham pela unidade do partido. Precisamos de outro candidato", alfinetou Renan. Na reunião com o presidente, o peemedebista deu esperanças a Lula: disse que ainda é possível uma composição do PT com o PMDB para a eleição.
A tática de Garotinho é viajar bastante, visitar o interior do País, almoçar com editores e colunistas regionais e nacionais, além de usar o máximo possível o tempo que dispõe nas rádios. Mais discreto, Rigotto faz o estilo reservado, porém simpático. "Sei que tenho de ensebar as canelas para alcançar o Garotinho. Claro que o Garotinho saiu na frente e eu, atrás. Mas recupero o tempo perdido", afirmou o gaúcho.
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