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A operação tapa-buraco, promovida este ano pelo governo para melhorar as estradas federais, contratou duas empresas suspeitas para execução das obras no Ceará. As empreiteiras Delta Construções e Galvão Engenharia, contratadas para executar os trabalhos no Estado, são investigadas pelo Ministério Público Federal por possível benefício em licitações.A denúncia, feita em janeiro do ano passado, aponta que a Delta executou mais da metade dos 16 contratos de pavimentação, conservação e manutenção de estradas no Ceará entre 2003 e 2004. No período, a Galvão assumiu 30% das obras.
Segundo o jornal O Globo, ambas ganharão sem licitação mais de R$ 4,3 milhões com a nova operação do Governo Federal, devido ao caráter emergencial das reformas. Em todo o País, serão recuperados 440 quilômetros em cinco rodovias.
As duas companhias também são investigadas pela MPF por usar tecnologias de pavimentação fora dos padrões exigidos pelo Dnit.
Além disso, a Delta Construções investiu R$ 1,72 milhão nas campanhas eleitorais de 2004, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O PMDB foi o principal beneficiado, recebendo R$ 1 milhão. Em seguida, vem o PT, que ganhou R$ 415 mil e o PSDB, com R$ 120 mil.
O Dnit do Ceará afirma desconhecer as denúncias por terem ocorrido no governo anterior e alega que, como as empresas são grandes, é natural que executem a maioria das obras. O Departamento informa também que adota nas contratações critérios exigidos em lei, e checa se as empresas estão em dia com obrigações e pagamentos de tributos.
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