Os tucanos procuraram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para que encabece um pacto de não-agressão entre o prefeito José Serra e o governador Geraldo Alckmin. Ontem, FHC recebeu para o jantar um secretário de Serra. Segundo aliados de Alckmin, ele tem conversado freqüentemente com o governador.
Além de FHC, o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e o governador de Minas, Aécio Neves, serão encarregados da delicada costura de um plano, com fixação de critérios para a escolha do candidato, informou o jornal Folha de S.Paulo.
Emissários de Serra sugerem, por exemplo, a análise de pesquisas e a consulta de diretórios como método. O argumento é de que o PSDB precisa usar dados "quase científicos" para justificar a escolha para aquele que for preterido. "Temos de ter um método", disse Goldman.
"É preciso fazer pesquisa e ouvir os diretórios", endossou o secretário-geral do PSDB, deputado Eduardo Paes (RJ). Os números têm sido desfavoráveis a Alckmin. Assim como Goldman, Paes afirma que "vai caber à Executiva Nacional fazer um mapeamento da regra do jogo". Aliados de Alckmin temem, porém, que a Executiva conduza o processo em favor de Serra. Além do apoio dos diretórios estaduais, o prefeito contaria com a simpatia dos integrantes da Executiva.
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